O Ministério das Relações Exteriores chinês saudou na quarta-feira as Filipinas pelo repúdio às tentativas de alguns países de incitar tensões no Mar do Sul da China.

O porta-voz Wang Wenbin fez o comentário em uma coletiva de imprensa ao responder sobre as recentes observações do Secretário de Defesa das Filipinas, Delfin Lorenzana, sobre o Mar do Sul da China e as relações bilaterais. Classificando tais tentativas como impopulares, Wang disse que alguns países fora da região estão tentando causar problemas e criar tensão na região, o que vai contra a vontade dos países da região.

Supostamente, referindo-se a uma ordem do presidente filipino Rodrigo Duterte, Lorenzana assegurou que as Filipinas não se juntariam às marinhas de outros países em exercícios marítimos no Mar da China do Sul por receio de aumentar as tensões na região.

As Filipinas defendem a solução pacífica das disputas relevantes por meios legais, disse Lorenzana.

As Filipinas e a China têm realizado muitos intercâmbios em controle epidemiológico, interpessoais e militares, comentou Lorenzana, acrescentando que se acredita que os dois países vão gradualmente retomar os intercâmbios em vários campos depois que a pandemia for superada.

Wang disse que esta declaração constitui mais uma prova da política externa independente das Filipinas, que incorpora a aspiração comum dos países da região de buscar a paz e o desenvolvimento.

A China e os países da ASEAN, incluindo as Filipinas, estão atualmente concentrados na luta contra a COVID-19 e em retomar as atividades econômicas, o que requer solidariedade, coordenação, paz e estabilidade, afirmou Wang.

Ele ainda acrescentou que, com os esforços conjuntos da China e da ASEAN, o comércio e os investimentos bilaterais cresceram no primeiro semestre deste ano, e foram estabelecidas vias rápidas para o intercâmbio de pessoal e logística para facilitar a retomada do trabalho e da produção, bem como o bom funcionamento das cadeias industriais e de abastecimento.

"A China está confiante em trabalhar com os países da região para superar os desafios impostos pela epidemia da COVID-19, manter a dinâmica de desenvolvimento e salvaguardar o bem-estar comum da população regional", concluiu.