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Trump: TikTok será removido dos EUA se a Microsoft não conseguir selar sua aquisição até 15 de setembro

Fonte: Diário do Povo Online    04.08.2020 09h30

Com base em relatos do New York Times, AFP, Capitol Hill e outros meios de imprensa, após ameaçar com a proibição do TikTok, o presidente americano emitiu uma nova resolução, estabelecendo o dia 15 de setembro como data limite para a aquisição dos direitos do aplicativo, caso contrário, terá será proibido nos EUA. Parte do dinheiro do negócio terá de ser endereçado ao Departamento do Tesouro americano, “pois tornamos esta transação possível”.

De acordo com o Capitol Hill, Trump terá concordado com a aquisição do TikTok por parte da Microsoft durante uma coletiva de imprensa da Casa Branca no dia 3 de agosto. “Definimos a data até 15 de setembro. Nessa data será encerrado nos EUA, mas se a Microsoft ou outra grande empresa fizer a sua aquisição, será interessante”, disse Trump. “Não me importa se é a Micrisoft ou outra empresa a comprar. Desde que seja comprado por uma grande empresa, uma empresa segura, uma empresa americana, tudo bem. É mais fácil comprar tudo do que apenas 30%”.

De acordo com o relatório, Trump enfatizou também especificamente que após terminada a transação pelo TikTok, uma quantidade considerável de fundos terá de ser entregue ao Departamento do Tesouro dos EUA. O New York Times refere que Trump não esclareceu os moldes da transação durante o seu discurso.

Durante sua alocução, Trump fez a ameaça: “Eles não têm quaisquer direitos, a não ser que lhes sejam dados direitos”.

Nos últimos dias, o governo americano e empresas de grande dimensão intimidaram e forçaram a compra do TikTok, o que atraiu a atenção internacional. A DW alemã afirmou no dia 3 que o incidente do TikTok é outra consequência do poder econômico americano.

Empresas de muitos países europeus, como Alemanha e França, também foram alvo de investigações dos Estados Unidos.

A mídia e estudiosos russos sugerem que a Rússia siga o “exemplo” dos EUA e bloqueie as redes sociais americanas que operam na Rússia.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, declarou no dia 3 que os EUA generalizaram o conceito de segurança nacional e criam "pressupostos de culpa", emitindo ameaças a empresas relevantes sem qualquer evidência, o que viola os princípios da economia de mercado e expõe os EUA.

A hipocrisia da liberdade e os padrões duplos típicos também violam os princípios de abertura, transparência e não discriminação da OMC. A China se opõe firmemente a isso, segundo o porta-voz. 

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