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Opinião: as tentativas de mudar o rumo da história estão fadadas ao fracasso

Fonte: Diário do Povo Online    31.07.2020 13h15

Zhong Sheng

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, proferiu um discurso na semana passada, onde desfere ataques maliciosos ao Partido Comunista Chinês e ao sistema social da China, fazendo acusações infundadas às políticas domésticas e externas da China, respondendo pelos interesses de algumas autoridades de alto escalão do governo dos EUA. A série de absurdos contrários aos fatos é reforçada pelo mofo da retórica da Guerra Fria e do preconceito ideológico. Quanto mais alguns políticos americanos ficam obcecados com a reversão das normas internacionais, mais a comunidade internacional fica dividida.

Pompeo afirmou inclusive que a intenção original dos EUA no estabelecimento de relações com a China visava “mudar a China”, e que estava “desapontado” por este objetivo não ter sido alcançado. Deste modo, foi deliberado que um conjunto de supressões teria de ser imposto sobre a China. Isto é um pensamento hegemônico, motivado por uma lógica absurda de expansionismo e pelas ambições políticas pessoais de Pompeo e outros, bem como uma violação das normas das relações internacionais.

Cópia do texto original do Comunicado Conjunto Sino-Americano de 28 de fevereiro de 1972 em exibição na Biblioteca Nixon. Foto de arquivo

Na Biblioteca Nixon está em exibição uma cópia do texto original do Comunicado Conjunto Sino-Americano, publicado a 28 de fevereiro de 1972. O documento refere: “Os sistemas sociais e políticas externas da China e dos EUA são fundamentalmente diferentes. No entanto, ambas as partes concordam que todos os países, independentemente de seus sistemas sociais, devem respeitar a soberania e integridade territorial um do outro, não infringindo ou interferindo nos assuntos do outro país.

Os princípios dos assuntos domésticos, igualdade, benefício mútuo e coexistência pacífica são usados nas relações entre as nações. Pompeo, como atesta a sua intervenção, deliberadamente escolheu a propagação de um “vírus político” que distorce a história e busca o conflito. Esta provocação é também desrespeitosa para com vários políticos americanos, incluindo o presidente Nixon, que fez vários contributos históricos para a normalização das relações entre os dois países. Enquanto chefe da diplomacia dos EUA, Pompeo danifica e compromete a credibilidade internacional dos EUA.

Deve ser enfatizado que, no que concerne ao sistema social, a China não pretende mudar os EUA. Por seu turno os EUA não podem mudar a China. A liderança do Partido Comunista da China é a maior vantagem do socialismo com características chinesas. Nos 71 anos desde a fundação da Nova China, sob a liderança do PCCh, o povo chinês embarcou num caminho de desenvolvimento adequado para as condições nacionais do país, tendo alcançado grandes sucessos que atraíram a atenção internacional.

Estátuas do cumprimento histórico entre Richard Nixon e Zhou Enlai em exibição na Biblioteca Nixon. Foto de arquivo

A história e os fatos comprovam que a escolha de desenvolvimento da China é correta e granjeia o apoio firme do seu povo. Um inquérito recente emitido pelo Centro Ash para a Governança Democrática e Inovadora na Kennedy School of Government, na Universidade de Harvard apurou que a satisfação dos chineses com o seu governo é a mais alta das últimas décadas, excedendo os 93%. Qualquer tentativa dos políticos americanos de bloquear e comprometer a unidade do PCCh na sua jornada de liderar o povo chinês está fadada ao “completo fracasso”.

Alguns políticos americanos têm atacado repetidamente a China recentemente, simplesmente para desviar a atenção do público americano e escapar da pressão política imposta por vários problemas domésticos. Esta maximização de interesses pessoais sem limites almeja apenas os resultados eleitorais favoráveis.

Alguns políticos americanos criam deliberadamente oposições ideológicas, intimidam abertamente outros países para escolherem quem apoiam e confrontam a China para satisfazer os interesses dos EUA. Isto é lamentável. “Cada país tem o direito inalienável de escolher o seu sistema político, econômico, social e cultural sem qualquer interferência de países terceiros”. Assim confirma a Declaração de Princípios da Lei Internacional para o Estabelecimento de Relações Amistosas e de Cooperação entre Países, sendo universalmente reconhecido e adotado pelos membros da comunidade internacional. Qualquer país com consciência e independência de espírito não permitirá que os EUA criem exceções a este consenso.

A história provará eventualmente que quaisquer tentativas contra o desejo do povo da China e dos EUA de reforçar o intercâmbio e a cooperação não triunfarão. Os políticos americanos devem abandonar a mentalidade de Guerra Fria e mover esforços para repor a normalidade das relações bilaterais. 

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