O governo libanês anunciou na quarta-feira (5) estado de emergência por duas semanas na capital Beirute.

O governo libanês declarou no mesmo dia Beirute como “cidade desastre” e o estado de emergência na cidade contará com supervisão militar. Além disso, o governo também pediu aos departamentos relevantes que tomem medidas para ajudar as vítimas, incluindo a abertura de escolas, hotéis e outros locais para os desabrigados, garantindo o fornecimento de bens essenciais, entre outros.

O ministro de saúde do Líbano, Hamad Hassan disse mais tarde naquele dia que a explosão do dia 4 provocou 135 mortos e cerca de 5.000 feridos, e dezenas de pessoas ainda estão desaparecidas.

O governo do Líbano concordou na quarta-feira em colocar todos os funcionários do porto de Beirute que supervisionavam o armazenamento e a segurança desde 2014 em prisão domiciliar, a fim de iniciar investigações. O número e a lista desse pessoal ainda não foram divulgados.

O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, afirmou que a investigação da explosão é uma prioridade e seus resultados devem ser rápidos. O ministro do Interior do Líbano, Mohamed Fahmi, disse que a investigação levará cinco dias e seus resultados serão “transparentes”.

O Líbano anunciou que o dia 5 é um dia de luto nacional, todas as autoridades governamentais deixaram as bandeiras a meio-mastro.

Vários países anunciaram o fornecimento de assistência médica e humanitária ao Líbano, incluindo França, Qatar, Irã, Chipre, Kuwait, Rússia e etc. Dois aviões militares franceses transportando 55 pessoas, cerca de 15 toneladas de equipamentos e um centro médico móvel chegaram ao Aeroporto de Beirute no dia 5; um avião de Qatar com suprimentos médicos também chegou a Beirute no mesmo dia; Irã e Chipre enviaram equipes médicas e de busca para o Líbano.

Após a explosão, a unidade chinesa de engenharia de construção e manutenção da paz organizou imediatamente soldados para entender a situação do acidente, contando os medicamentos de primeiros socorros, realizando exercícios de resgate e manutenção de escavadeiras, guindastes e outros equipamentos mecânicos para garantir que eles possam ser despachados imediatamente após receber as ordens de resgate.

Por volta das 18h do dia 4 de agosto, horário local, ocorreu uma grande explosão no porto de Beirute, capital do Líbano. A causa específica da explosão ainda não está clara. Vários oficiais libaneses mencionaram que cerca de 2.700 toneladas de nitrato de amônio haviam sido armazenadas na área do porto de Beirute desde 2014.