Presidente do Brasil pede punições severas para quem planejou tentativa de golpe

Fonte: Xinhua    16.12.2024 14h40

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu no domingo punições severas contra os acusados de planejar um golpe de Estado em 2022, mas destacou que é necessário garantir o amplo direito de defesa.

Em entrevista à imprensa ainda no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, ao receber alta após ser internado de emergência na madrugada de terça-feira passada para uma operação de hemorragia craniana interna, Lula comentou a prisão, no sábado, do ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice na chapa do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022), general da reserva Walter Braga Netto.

"Acredito que o general Braga tem todo o direito à presunção de inocência que eu não tive. Quero que eles tenham, para que a lei seja cumprida", disse o presidente brasileiro.

"Mas se esses caras fizeram o que tentaram fazer (o golpe), terão que ser punidos severamente. Neste país tem gente que fez 10% do que fizeram e morreram na prisão", acrescentou.

"Não nos é possível aceitar a falta de respeito pela democracia, não nos é possível aceitar a falta de respeito pela Constituição e não nos é possível admitir que num país generoso como o Brasil tenha gente de alta graduação militar tramando a morte de um presidente da República, tramando a morte do seu vice, e tramando a morte de um juiz que era presidente da Suprema Corte Eleitoral", afirmou Lula.

Braga Netto foi preso neste sábado pela Polícia Federal, por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de tentar interferir em investigações que segundo a PF envolvem 37 pessoas, incluindo ele e o próprio Bolsonaro, por supostamente planejar um golpe de Estado ao final de 2022 e impedir a posse de Lula da Silva à Presidência.

Segundo a acusação da PF, o plano incluía matar Lula, bem como o vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes, responsável pelas investigações e que, na época, acumulava também a presidência do Tribunal Superior Eleitoral.

O presidente disse ainda que, em 2026, quando terminar o seu atual mandato, entregará um Brasil "reconstruído".

(Web editor: 张荣, Renato Lu)

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