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Reavaliando o “consumidor chinês”

Fonte: Diário do Povo Online    13.12.2024 14h17

Nos últimos anos, as demandas e os conceitos de consumo dos chineses têm passado por transformações. Estereótipos e “velhos rótulos” estão gradualmente desvanecendo.

O consumidor chinês é “conservador”?

Por muito tempo, as tradições e os conceitos de consumo da China foram considerados “conservadores”. No entanto, a disposição para aceitar novidades já se tornou uma característica marcante do consumidor chinês.

Em novembro deste ano, o mercado nacional de varejo de automóveis registrou 2,423 milhões de unidades vendidas, das quais 1,268 milhões foram de veículos elétricos, com uma taxa de penetração de 52,3%, superando os carros a combustão pelo quinto mês consecutivo.

Em 2023, o mercado de consumo de casas inteligentes na China ultrapassou 710 bilhões de yuans, sendo que o número de usuários ativos mensais de aplicativos para casas inteligentes superou 260 milhões.

A China já é o maior mercado de consumo de casas inteligentes do mundo. Além dos dispositivos inteligentes, o consumo digital e de informações crescem rapidamente, com novas tendências como acampamento com trailers, voos de baixa altitude e a “economia dos terraços” em rápida expansão.

O consumidor chinês é “fascinado pelo estrangeiro”?

No passado, produtos como laticínios australianos e eletrodomésticos japoneses eram muito populares entre os chineses. Hoje, elementos como as saias tradicionais mamianqun, novas bebidas de chá ao estilo chinês e o jogo Black Myth: Wukong estão liderando a nova onda de “guochao” (tendências nacionais), conquistando até mesmo fãs no exterior.

A influência da cultura tradicional nacional nos padrões de consumo continua a aumentar. Conceitos como “guofeng” (estilo tradicional chinês), “guochao” e “novo estilo chinês” estão dominando setores como alimentação, entretenimento, turismo cultural, cosméticos e moda.

O consumidor chinês é “fechado”?

Na recente Exposição Internacional de Importação da China (CIIE), alimentos de várias partes do mundo, como arroz tailandês, cerejas chilenas, kiwis da Nova Zelândia e mirtilos americanos, encantaram os consumidores chineses.

O interesse por viagens internacionais está em alta. Durante o feriado do Dia Nacional deste ano, 7,589 milhões de pessoas entraram e saíram do país - um aumento anual de 33,2%. Além disso, o relatório financeiro do terceiro trimestre da Ctrip revelou que as reservas de pacotes de voos e hotéis internacionais já alcançaram 120% do nível registrado no mesmo período de 2019.

A abertura é uma marca evidente da modernização chinesa. O consumidor chinês está abraçando o mundo com uma postura inclusiva e aberta, atraindo empresas globais para entrar no mercado local, intensificando suas estratégias de localização e desenvolvendo produtos que atendem às preferências do público local. Desde o início deste ano, líderes globais de empresas como Apple, Qualcomm, Mercedes-Benz e Tesla realizaram visitas à China. Essas iniciativas não apenas refletem a confiança nas oportunidades proporcionadas pelas políticas adotadas no país, mas também demonstram a confiança nos consumidores chineses.

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