China insta EUA a abandonar padrões duplos em direitos humanos

Fonte: Xinhua    26.03.2021 13h11

A China expressou nesta quinta-feira esperança de que os Estados Unidos e alguns de seus aliados ocidentais possam abandonar padrões duplos, enfrentar seus próprios problemas de direitos humanos e tomar medidas concretas para melhorar e proteger os direitos humanos.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, fez as observações em uma coletiva de imprensa diária ao responder aos comentários do Departamento de Estado dos EUA sobre uma resolução patrocinada pela China, intitulada "Promover Cooperação Mutuamente Benéfica no Campo dos Direitos Humanos", que foi adotada na terça-feira pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (UNHRC).

"Os direitos humanos não são slogans, muito menos ferramentas para exercer pressão sobre outros países. Eles devem refletir em ações concretas", disse Hua.

Ela disse que alguns políticos dos EUA se concentram nos interesses dos partidos políticos e não se importam com a vida das pessoas comuns.

Ela disse que os Estados Unidos continuam dizendo que atribuem importância aos direitos humanos e às liberdade individuais. Hua perguntou, no entanto, se quando os Estados Unidos lançaram guerras contra países soberanos sem motivo, causando centenas de milhares de mortes, inúmeras pessoas separadas e deslocadas, eles se preocupavam com os direitos humanos e a liberdade individuais dos povos desses países?

Hua perguntou, quando os Estados Unidos, o país mais desenvolvido, mais rico e mais avançado em condições médicas do mundo, colocam a política acima da ciência, o que deixou mais de 500 mil americanos mortos, dezenas de milhões de pessoas perdendo seu seguro médico, e um sexto dos americanos e um quarto das crianças americanas enfrentando ameaça da fome, eles se preocupavam com os direitos humanos e a liberdade individuais do povo americano?

Hua perguntou, quando os Estados Unidos conluiaram para espalhar discurso racista, deram indulgência à violência policial contra pessoas não brancas, viram as pessoas como George Floyd incapazes de respirar, e observaram americanos asiáticos serem discriminados, atacados ou mesmo mortos, eles se importavam com os direitos humanos e a liberdade individuais dessas pessoas que sofriam de racismo sistêmico e crimes de ódio?

Ela perguntou, ainda, quando a enxurrada de armas nos Estados Unidos persistiu por um longo tempo, e mais de 41.500 pessoas morreram de tiroteios no ano passado, eles se preocuparam com os direitos humanos e a liberdade individuais dessas vítimas?

A resolução patrocinada pela China e adotada pelo UNHRC na terça-feira, intitulada "Promover Cooperação Mutuamente Benéfica no Campo dos Direitos Humanos", exorta todos os Estados a defender o multilateralismo, conduzir o diálogo e a cooperação construtivos no campo dos direitos humanos e promover a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade. "Isso demonstra plenamente as aspirações e pedidos universais da comunidade internacional e das pessoas do mundo pela justiça", disse ela.

Ela acrescentou que a China está disposta a realizar diálogos, comunicações e intercâmbios com outros países sobre questões de direitos humanos no espírito de igualdade e respeito mútuo, e fazer progressos comuns.

Hua observou que este ano, quando o UNHRC revisou os Relatórios Nacionais sobre Práticas de Direitos Humanos, divulgados pelos Estados Unidos, mais de 110 países criticaram os Estados Unidos por suas questões de direitos humanos. Dezenas de relatores especiais do UNHRC criticaram repetidamente os Estados Unidos em muitas ocasiões por questões como pobreza e discriminação contra minorias no país.

"Esperamos que os Estados Unidos e alguns de seus aliados ocidentais possam abandonar a hipocrisia, a arrogância e os padrões duplos, enfrentar seus próprios problemas de direitos humanos e tomar ações concretas para melhorar e proteger os direitos humanos", disse Hua.

A mídia estrangeira publicou recentemente fotos de um centro de detenção temporária na fronteira EUA-México, mostrando crianças dormindo em cobertores finos em lotação e sem comida e roupas. Críticos dizem que o governo dos EUA está tratando os imigrantes de forma desumana, separando crianças de seus pais. Eles acusam o governo dos EUA de não permitir acesso à mídia aos centros de detenção.

"Os Estados Unidos farão uma investigação completa e responsabilizarão os envolvidos? Será que o lado europeu quer impor sanções aos Estados Unidos por violações dos direitos humanos?"

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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