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China continua esforço de arborização na Região Autônoma da Mongólia Interior

Fonte: Diário do Povo Online    26.03.2021 10h52

Por Zhang Cheng, Diário do Povo

A terra arenosa de Nugusitai, região autônoma da Mongólia Interior, no norte da China, ficou repleta de vegetação após o controle de areia. Hua Weiguang/ Diário do Povo Online

A Região Autônoma da Mongólia Interior, localizada no norte da China, com vários desertos e terras arenosas, é uma das províncias mais afetadas pelo fenômeno da desertificação.

Nos últimos anos, a Mongólia Interior fortaleceu a restauração ecológica e o manejo de terras arenosas do deserto, obtendo resultados notáveis. Nos últimos cinco anos, a área de terras desertificadas e arenosas na Mongólia Interior continuou a diminuir, com uma área média anual de prevenção e controle de areias de 800.000 hectares, representando 40% da área de controle nacional. O problema da expansão das áreas desertificadas foi contido.

Os engenheiros do Instituto de Pesquisa Yili do Deserto de Kubuqi comunicam com a plataforma de Big Data do Deserto de Yili, para planejar o plantio de terras e mudas da "floresta de sequestro de carbono para controle de areia e proteção do rio em Kubuqi".

“Já iniciamos o levantamento das parcelas em fevereiro. De acordo com os padrões técnicos fornecidos pela plataforma de big data, adquirimos mudas locais adequadas, como salix, caragana, pinus sylvestris, e organizamos o plantio experimental para garantir que a taxa de sobrevivência de mudas está estável acima de 85%”, disse Lv Rong, engenheiro-chefe do Instituto de Pesquisa Yili do Deserto Kubuqi.

Além de plantas nativas locais adequadas, Kubuqi também introduziu outras espécies tolerantes à seca de outras regiões na mesma latitude, por forma a enriquecer a diversidade de plantas que controlam a dispersão de areia. 

“Recursos de germoplasma de alta qualidade são a base do controle de areia. Por esse motivo, construímos um banco de recursos de germoplasma especial para arbustos do deserto e plantas raras e ameaçadas de extinção. Atualmente, recolhemos materiais relacionados a mais de 1.000 tipos de sementes de plantas que são resistentes ao frio, à seca e à salinização”, afirmou Lv Rong.

“A inovação da tecnologia de plantio também melhorou a eficiência do controle das areias”. Cavar grandes fossos para plantar árvores pode destruir facilmente a ecologia do solo do deserto. Por isso, desenvolvemos técnicas como o plantio de árvores “não invasivo”. Uma árvore pode ser plantada em dez segundos, economizando mais de 50% de água”, disse Lv, acrescentando que este é o método de plantio mais ecológico, reduzindo a perturbação do solo e aumentando a taxa de sobrevivência das mudas para mais de 90%.

Hoje, a cobertura vegetal do deserto de Kubuqi aumentou de menos de 3% na década de 1980 para 53%. A precipitação e as espécies biológicas aumentaram significativamente, e o clima de areia e poeira diminuiu significativamente. A tecnologia de plantio de árvores "minimamente invasiva" tem sido amplamente usada no deserto de Kubuqi e foi também promovida para outras terras arenosas e desertos.

Com o controle da desertificação e das terras arenosas, a vida dos fazendeiros e pastores melhorou.

Na vila de Hatubuqigacha, Bhejarlin Bheyel é um dos beneficiários que finalmente foram retirados da pobreza. 

Nos últimos anos, as autoridades locais não apenas proibiram o pastoreio, como implementaram também projetos de restauração ecológica e criam florestas com retorno econômico.

“Os espinheiros marítimos podem ser transformados em sucos e também atrair turistas”, disse Bhejarlin Bheyel. Agora ganha mais de 10.000 yuans como guarda florestal a cada ano, e a renda anual de sua família chega a 50.000 yuans. 

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