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“Diplomacia de vacinas” expõe a “escuridão” e sangue frio dos Estados Unidos

Fonte: Diário do Povo Online    22.03.2021 15h34

Por Qin Chuan

A vacinação é considerada a linha de defesa mais eficaz contra a pandemia. No período crítico da luta da comunidade internacional contra a pandemia, a China se juntou à iniciativa COVAX da OMS e forneceu assistência gratuita urgente de vacinas a 69 países em desenvolvimento, garantindo a exportação de vacinas para 43 países. A China defende que a vacina seria um produto público global, e se posiciona na "primeira falange" da cooperação internacional, assumindo firmemente o "primeiro escalão" da distribuição equitativa de vacinas.

Enquanto a China e o mundo lutam contra a epidemia em conjunto, os Estados Unidos tornaram-se uma vez mais um entrave aos avanços da contenção pandêmica. Em 5 de março, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jane Psaki, disse em uma coletiva de imprensa que "estamos preocupados com as tentativas da China e da Rússia de usar as vacinas como ferramenta diplomática".

Na verdade, inúmeros países pediram que os Estados Unidos fornecessem vacinas contra o coronavírus, mas o governo americano não cedeu a nenhuma das partes.

Por outro lado, os Estados Unidos distorcem maliciosamente a boa vontade da China. O fabrico e disseminação do termo "diplomacia de vacinas" não advém apenas da psicologia das "uvas azedas" dos Estados Unidos e do Ocidente, mas visa também distrair as pessoas de suas práticas egoístas americanas.

De acordo com a Associated Press, os Estados Unidos asseguraram que conseguiriam doses suficientes para todos os adultos nos Estados Unidos até o final de maio e para 400 milhões de pessoas até o final de julho.

O presidente dos Estados Unidos anunciou recentemente que compraria 100 milhões de doses adicionais da vacina do coronavírus desenvolvida pela Johnson & Johnson para prevenir um "desafio inesperado" da epidemia. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse em 5 de fevereiro que "quase 130 países no mundo ainda não receberam uma dose da vacina, e que a população total desses países é de 2,5 bilhões".

O comportamento egoísta representado pelos Estados Unidos coloca em risco as pessoas mais pobres e vulneráveis do mundo. Esse comportamento é sintomático da "natureza" do sistema capitalista americano.

A rede de notícias DW afirmou que o Peru tem uma das maiores taxas de mortalidade da Covid-19 do mundo. Mais de 40.000 de seus 32 milhões de habitantes morreram vítimas da pandemia e precisam urgentemente de uma vacina.

No início de fevereiro, o Peru e a Pfizer dos Estados Unidos assinaram um contrato para a venda de 20 milhões de doses da vacina. Contudo, o ministro da Saúde do Peru, Victor Zamora, disse que a Pfizer sabe quais preços e termos a negociar, bem como os termos aceitados por quais países. Segundo ele, a Pfizer solicitou garantias, no caso do Peru não conseguir efetuar os pagamentos. A Pfizer está também tentando exigir que o Peru use ativos do Estado como garantia. O propósito fundamental das empresas farmacêuticas, representadas pela Pfizer, é, portanto, a maximização de lucros e não o controle da pandemia o mais rapidamente possível.

Os Estados Unidos afirmam que seu sistema econômico e político é o mais eficaz, benéfico para a maioria das pessoas e que deve ser um "modelo" a ser replicado por outros países. De fato, a especulação do capital está incorporada em todos os aspetos da sociedade americana.

Em 2011, uma vaga de frio atingiu o estado do Texas, nos Estados Unidos, e causou um apagão, e a mesma tragédia se repetiu dez anos depois. Em meados de fevereiro de 2021, o colapso do sistema de abastecimento de energia hidrelétrica do Texas foi uma consequência direta de políticas extremas de mercado livre.

Um relatório do Instituto Brookings revela que, durante a onda de frio, o extremo desequilíbrio entre o fornecimento e a demanda de energia no Texas levou a um aumento absurdo nos preços locais da eletricidade. As taxas de eletricidade de alguns residentes do Texas atingiram mais de US$ 10.000 naquele mês. Este é o "poder" do mercado.

Por outro lado, em teoria, gasodutos de energia eólica e de gás natural, bem como equipamentos de geração de energia podem ter tratamento anticongelante, mas isso também significa aumento de custos. Portanto, as empresas privadas de energia se recusam a aumentar os custos devido a um evento de probabilidade diminuta.

Egoísmo, ganância e egocentrismo tornam os Estados Unidos não apenas incapazes de ajudar abnegadamente outros países em face da epidemia global, como provocam também o sofrimento do seu próprio povo.

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