A cooperação internacional é a chave em resposta a desafios comuns como a pandemia de COVID-19, disseram autoridades e especialistas no sábado durante um fórum médico on-line organizado pelo Instituto Hipocrático de Médicos Globais de Atenas.

Sob o tema "Hipócrates une os cinco continentes", participantes de 15 países trocaram impressões sobre o legado do antigo médico grego Hipócrates (século V a.C.), considerado o pai da medicina ocidental, bem como sua filosofia e ensinamentos que podem ser úteis até hoje.

Eles também discutiram a necessidade de uma colaboração mais estreita entre a medicina ocidental e oriental.

"No impensável hoje da pandemia de COVID-19, consideramos nosso dever no Instituto Hipocrático compartilhar o raro conhecimento comparativo da antiguidade e hoje, através dos dados científicos mais válidos, uma mensagem de otimismo pela vitória da humanidade sobre a pandemia", disse George Patoulis, presidente do instituto, bem como chefe da Associação Médica de Atenas e governador da região da Ática, em seu discurso de boas-vindas.

O ministro da Educação, Cultura, Esporte e Juventude cipriota, Prodromos Prodromou, citou em seu discurso que "a atual pandemia deu à humanidade a oportunidade de reconsiderar os valores da comunidade, solidariedade e companheirismo".

"Ele (Hipócrates) foi quem lançou as bases para a interpretação racional das doenças do ser humano. Ele compreendeu a concepção de saúde holística, física e mental. Sua abordagem ética na medicina tem sido um aspecto significativo de seu trabalho e patrimônio", disse ele.

Fazendo um discurso sobre a medicina chinesa na antiguidade em relação à medicina hipocrática, o prof. Peng Daiyin, presidente da Universidade de Medicina Chinesa de Anhui, disse que médicos chineses como Bian Que, que viveram no mesmo período e lançaram as bases da medicina tradicional chinesa, mantinha abordagens e ideais médicos comuns.

Por exemplo, eles também separaram a medicina da feitiçaria e da superstição, todos usaram a fitoterapia para tratar os pacientes e todos consideraram a vida e a saúde dos pacientes como a alma da medicina, explicou ele.

No decorrer dos séculos, a medicina chinesa e a medicina ocidental formaram características distintas que aumentaram a diversidade da medicina no mundo e essa diversidade terá um impacto de longo alcance na causa da saúde humana futuramente, disse Peng.

O professor chinês também pediu o fortalecimento da cooperação nas áreas médicas para enfrentar os, cada vez maiores, desafios médicos.