Na tarde de 25 de março, o Ministério da Defesa da China realizou uma coletiva de imprensa de rotina para abordar questões como a listagem do país por parte do Departamento de Defesa dos Estados Unidos como “maior desafio”. A instituição afirma que a China não pretende "desafiar" ninguém, mas não tem medo de nenhum "desafio".

O recém-publicado "Orientação Estratégica Provisória de Segurança Nacional" do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, refere que, entre os concorrentes dos EUA, a China é o único país com capacidades econômicas e militares para desafiar o atual sistema internacional e o "principal desafio" para os EUA. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, afirmou durante sua visita ao Japão e à Coreia do Sul que o objetivo dos Estados Unidos é fornecer um meio de dissuasão confiável para a China ou qualquer entidade que pretenda competir com os Estados Unidos.

A China e os Estados Unidos acabaram de realizar uma sessão de diálogo estratégico de alto nível, no qual ambas as partes concordaram em manter e fortalecer a comunicação e a coordenação em questões militares.

Ren Guoqiang, porta-voz do Ministério da Defesa, respondeu que os comentários dos EUA estão imersos em uma mentalidade da Guerra Fria. Essa "rotina" de fazer inimigos e exagerar nas ameaças dos EUA é, na verdade, apenas uma desculpa para continuar a dominar e lutar pela hegemonia, o que reflete a atitude hegemônica do lado norte-americano. O erro de julgamento em relação à China não é do interesse comum da China, dos Estados Unidos ou do mundo. A China se opõe firmemente a isso.

“A China não quer ‘ameaçar’ ninguém, mas é inútil que nos ‘ameacem’”, frisou Ren Guoqiang. A China tem o direito de crescer e se desenvolver, a liberdade de escolher seu próprio caminho, a capacidade de se defender e a capacidade de defender seus legítimos direitos e interesses. “Ninguém ou nenhuma força pode impedir o povo chinês de seguir em frente para alcançar uma vida melhor! A determinação dos militares chineses em salvaguardar a soberania, segurança e interesses de desenvolvimento do país é inabalável!”.