Atingir o pico das emissões de carbono até 2030 e realizar a neutralidade até 2060 são batalhas difíceis que a China está determinada a vencer.
A redução das emissões foi um dos tópicos importantes cobertos pela nona reunião do Comitê Central para Assuntos Financeiros e Econômicos na segunda-feira.
Na reunião, a liderança levantou uma ampla gama de medidas práticas para lidar com os desafios trazidos pelas emissões do carbono, incluindo a construção de um sistema energético limpo, de baixo carbono, seguro e eficiente, o aprofundamento da reforma do sistema elétrico, a construção de uma rede elétrica baseada em nova energia e o impulso de grandes avanços em tecnologias verdes e de baixo carbono.
Também serão aprimoradas as políticas de tributação fiscal, preços, finanças, terras e aquisição do governo para promover o desenvolvimento verde.
A neutralidade de carbono é uma promessa feita pela China com determinação. O desenvolvimento verde é um caminho que o país deve percorrer para realizar a modernização socialista. Uma mudança econômica e social completa para energia mais limpa e menos emissões poluentes está de acordo com as expectativas dos chineses para um desenvolvimento de alta qualidade.
A China está resolutamente comprometida com o combate às mudanças climáticas, embora ainda esteja experimentando a industrialização e a urbanização e mantenha grandes expectativas de crescimento econômico. A nação enfrenta pressões e desafios muito maiores do que os países desenvolvidos.
O compromisso de baixo carbono exige que a China faça transição de atingir seu pico do carbono para realizar a neutralidade em 30 anos, em comparação com os 60 anos levados pela maioria dos países desenvolvidos. O contraste destaca a força das ações tomadas pela China para garantir que seu compromisso seja alcançado.
A gestão de ecossistema é uma tarefa urgente para a China. O país não tem como retroceder. Deve tomar as medidas mais rigorosas para lidar com os problemas relacionados à poluição. Qualquer empresa ou autoridade que deixar de controlar as emissões do carbono será punida.
Quatro empresas siderúrgicas em Tangshan, na Província de Hebei, norte da China, foram obrigadas a fazer correções por não terem implementado requisitos de redução de emissões durante o período de resposta de emergência para poluição pesada, informaram autoridades locais na semana passada.
O compromisso da China com a descarbonização exige que o país formule medidas passo a passo. De acordo com o 14º Plano Quinquenal, o consumo de energia por unidade do produto interno bruto (PIB) e as emissões de dióxido de carbono por unidade do PIB serão reduzidos respectivamente em 13,5% e 18% durante o período. As medidas estabeleceram uma base sólida para chegar ao pico das emissões do carbono e realizar a neutralidade.
As metas do pico e da neutralidade de carbono não serão facilmente alcançadas. A China não poupará esforços para cumprir sua promessa de descarbonização.