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Regras de atribuição de visto facilitadas para beneficiários de vacinas chinesas

Fonte: Diário do Povo Online    17.03.2021 09h39

A China simplificará os pedidos de visto para muitos estrangeiros que recebam a vacina chinesa para a Covid-19, naquele que é o mais recente passo para restabelecer o intercâmbio de pessoas.

A partir de segunda-feira, as embaixadas chinesas em vários países, incluindo Japão, Israel, Tailândia, Paquistão e Filipinas, simplificaram os procedimentos de solicitação de visto nesses casos. Outras nações incluídas no plano são os Estados Unidos, Alemanha, Austrália e Grécia.

A nova disposição é aplicada a pessoas que desejem visitar a China para fins não turísticos.

Aqueles que planejam fazer uma visita em negócios e que foram vacinados com uma vacina chinesa, podem fazer seu pedido de visto de acordo com as exigências aplicáveis antes da epidemia, de acordo com um aviso emitido pela Embaixada da China nos Estados Unidos.

Familiares estrangeiros de cidadãos chineses ou residentes permanentes podem solicitar vistos "por necessidade humanitária de emergência", assim que seus certificados de vacinação sejam obtidos.

Enquanto isso, os estrangeiros com cartões de viagem de negócios do fórum de Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico também podem retomar os pedidos de visto com cartas-convite e certificados de vacinação, segundo o comunicado.

O aviso indica que os passageiros vacinados que viajam para a China de avião precisam ainda de fornecer certificados negativos de testes de ácido nucléico e testes de anticorpos antes do embarque, devendo cumprir com os regulamentos chineses sobre quarentena e observação após a chegada.

Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, isto representa uma tentativa significativa de facilitação de viagens através da fronteira, baseada na plena consideração da segurança e eficácia das vacinas.

A China planeja ainda distribuir certificados de saúde aos viajantes internacionais que declarem o seu status de vacinação, de modo a para facilitar o fluxo seguro e ordenado de pessoal, segundo o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, durante uma entrevista coletiva em 10 de março.

A China está disponível para discutir o reconhecimento mútuo de vacinas com outros países, acrescentou.

Enquanto isso, os líderes dos 27 membros da União Europeia avançaram com a possível adoção de um "passaporte" de vacina, conhecido como Certificado Digital Verde, durante uma reunião de estados membros na quarta-feira.

A proposta do bloco refere que quatro vacinas produzidas nos EUA e Reino Unido e aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos serão válidas para viagens na UE.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse esperar que as pessoas "se desloquem com segurança na União Europeia ou no exterior - em trabalho ou turismo".

No entanto, a EMA não está considerando a inclusão das vacinas da China, embora Viktor Orban, o primeiro-ministro da Hungria, um país membro da UE, tenha recebido a vacina da Sinopharm, uma empresa chinesa.

O presidente sérvio, Aleksandar Vucic, condenou a exclusão das vacinas chinesas como uma "decisão lamentável e escandalosa" durante uma entrevista no sábado.

"Como vão proibir a chegada do primeiro-ministro húngaro, que tomou a vacina da China?", inquiriu.

Vucic disse que está agora ainda mais motivado para obter uma vacina chinesa. Ele disse que, como a Sérvia não recebeu vacinas da Europa, isso significaria que os residentes da Sérvia não teriam permissão para viajar para a UE sob a posição da EMA. A Sérvia, que é não membro da UE, foi o primeiro país europeu a receber a vacina da Sinopharm.

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