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Bolsonaro anuncia médico como novo ministro da Saúde em substituição ao general Pazuello

Fonte: Xinhua    16.03.2021 14h25

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, anunciou nesta segunda-feira que o cardiologista Marcelo Queiroga será seu novo ministro da saúde, em substituição ao general Eduardo Pazuello, em meio ao pior momento da pandemia do coronavírus no país.

"Foi decidida a designação do médico Queiroga para o Ministério da Saúde. Tem tudo, no meu entender, para fazer um bom trabalho dando prosseguimento em tudo que o Pazuello fez até hoje", disse Bolsonaro a um grupo de apoiadores na porta da residência oficial do Palácio da Alvorada. "A partir de agora vamos partir de forma mais agressiva contra o vírus", prometeu.

O cardiologista é muito próximo da família Bolsonaro, principalmente de um dos filhos do presidente, o senador Flávio Bolsonaro. Depois da eleição de Jair Bolsonaro, Marcelo Queiroga participou da equipe de transição de governo, dando opiniões na área da saúde.

Trata-se do quarto ministro da saúde de Bolsonaro desde o início da pandemia no Brasil, no dia 26 de fevereiro de 2020, quando o primeiro caso foi confirmado em São Paulo.

Graduado em medicina pela Universidade da Paraíba (nordeste) e presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Queiroga deve assumir o cargo assim que sua nomeação for publicada no Diário Oficial da União.

Pazuello, general da ativa do Exército, tinha antecipado horas antes, em entrevista coletiva, que o presidente Bolsonaro pretendia substituí-lo para "reorganizar o ministério".

Queiroga era a segunda opção indicada ao mandatário e foi escolhido depois que a cardiologista Ludhmila Hajjar, que conversou no domingo com Bolsonaro, anunciou ter recusado o cargo por "falta de convergência" técnica com o pensamento do governo.

Pazuello deixa o ministério que assumiu em 15 de maio no lugar do oncologista Nelson Teich, que ficou no cargo por apenas 29 dias depois de substituir o primeiro titular da pasta, o ortopedista Luiz Henrique Mandetta.

A nova mudança no Ministério da Saúde ocorre quando a maior parte do Brasil sofre o período mais letal da pandemia, que obrigou governos estaduais e municipais a decretarem medidas de quarentena e toque de recolher noturno devido ao colapso do sistema hospitalar.

Segundo os dados mais recentes do governo divulgados nesta segunda-feira, o país já perdeu 279.286 pessoas para a COVID-19 e contabiliza mais de 11,5 milhões de casos positivos da doença desde o início da pandemia no país.

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