OMS analisa vacina AstraZeneca contra Covid-19 à medida que mais países suspendem seu uso

Fonte: Diário do Povo Online    16.03.2021 10h49

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na segunda-feira (15) que ainda estava conduzindo sua revisão de segurança da vacina AstraZeneca / Oxford contra a Covid-19, já que França, Itália, Espanha e Alemanha se juntaram ao grupo de países que suspenderam o uso desta vacina após ser relatado que alguns receptores desenvolveram coágulos sanguíneos e morreram após serem vacinados.

Desde sexta-feira (12), "vários países suspenderam o uso da vacina AstraZeneca como medida de precaução após relatos de coágulos sanguíneos em pessoas que receberam a vacina de dois lotes produzidos na Europa", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa entrevista coletiva em Genebra.

No entanto, ele acrescentou que "isso não significa necessariamente que esses eventos estejam ligados à vacinação, mas é prática de rotina investigá-los e mostra que o sistema de vigilância funciona e que controles eficazes estão em vigor".

Tedros enfatizou que o Comitê Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da OMS está revisando os dados disponíveis e está em contato próximo com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), devendo se reunir nesta terça-feira (16).

Um membro da equipe recebe uma dose da vacina contra a Covid-19 na Faculdade de Geografia e História da Universidade de Barcelona, em Barcelona, na Espanha, em 24 de fevereiro de 2021. (Foto: Ismael Peracaula / Xinhua)

Na manhã de segunda-feira, França, Alemanha e Espanha decidiram suspender o uso da vacina AstraZeneca / Oxford contra a Covid-19 como uma "medida preventiva" enquanto se aguarda avaliação da EMA, que autorizou seu uso na União Europeia (UE) no dia 29 de janeiro.

Anteriormente, Áustria, Itália, Bulgária, Dinamarca, Romênia, Estônia, Lituânia, Luxemburgo, Letônia e países não pertencentes à UE, Noruega e Islândia, já haviam suspendido total ou parcialmente o uso da vacina AstraZeneca.

Tedros disse que "a maior ameaça que a maioria dos países enfrenta agora é a falta de acesso às vacinas", já que "alguns dos países mais ricos do mundo estão comprando vacinas suficientes para imunizar suas populações inúmeras vezes", enquanto muitos outros países não têm nada.

O chefe da OMS continua apelando a todos os países para que trabalhem em solidariedade para garantir que a vacinação comece nos primeiros 100 dias deste ano. "Nenhum país pode simplesmente vacinar sozinho para sair desta pandemia. Estamos todos juntos nisso", destacou ele.

(Web editor: Fátima Fu, Renato Lu)

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