Os países devem fortalecer a confiança, aprofundar a cooperação e intensificar a coordenação para cumprir com suas responsabilidades pela paz internacional e desenvolvimento global, disse o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.

Wang fez o comentário nesta sexta-feira durante a reunião de chanceleres do BRICS por meio de um link de vídeo.

A reunião foi presidida pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, com a participação do ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, da ministra das Relações Internacionais e Cooperação sul-africana, Naledi Pandor, e do ministro brasileiro das Relações Exteriores, Ernesto Araujo.

Wang disse que atualmente o mundo está enfrentando uma série de novas ameaças e desafios: a pandemia de COVID-19 representa uma ameaça direta à saúde humana, o bullying unilateral representa um sério desafio à ordem internacional, e o protecionismo teve um grande impacto na economia mundial.

Ao mesmo tempo, deve-se notar que a tendência dos tempos de paz, desenvolvimento, cooperação e resultados ganha-ganha não mudou, a lei do desenvolvimento de que a globalização econômica continua avançando em voltas e reviravoltas não mudou, e a tendência básica de ascensão das economias emergentes representadas pelos países do BRICS não mudou, disse Wang.

Os países do BRICS devem lidar conjuntamente com os desafios da pandemia de COVID-19 e promover conjuntamente o multilateralismo, a recuperação da economia mundial e a solução política das questões dos pontos críticos, acrescentou Wang.

"Ao mantermos a unidade e trabalharmos juntos, os países do BRICS podem se tornar uma força para salvaguardar a paz e a estabilidade mundiais. Isso serve aos interesses comuns dos países do BRICS e beneficiará o mundo inteiro", acrescentou Wang.

Os chanceleres dos cinco países participantes tiveram uma profunda troca de opiniões sobre a situação global, as questões dos pontos críticos regionais e a cooperação do BRICS. Todas as partes concordaram que, sob as atuais circunstâncias, os países do BRICS devem fortalecer a solidariedade para enfrentar os desafios de frente.