China pede que comunidade internacional rejeite interferência hegemônica dos EUA na cooperação 5G

Fonte: Xinhua    17.08.2020 08h41

A China pede que a comunidade internacional rejeite a interferência hegemônica dos Estados Unidos na cooperação 5G de outros países e defenda um ambiente de negócios justo, equitativo, aberto e não discriminatório.

De acordo com a imprensa, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, assinou com o ministro das Relações Exteriores da Eslovênia uma declaração conjunta sobre a segurança 5G durante sua visita ao país. Anteriormente, na República Tcheca, ele também falou sobre os esforços conjuntos para construir uma rede limpa.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, disse sexta-feira em uma coletiva de imprensa que é absurdo que, como secretário de Estado de um país com indícios de crimes cibernéticos por toda parte, Pompeo tenha a audácia de propor a construção de uma "rede limpa".

"Agora que a chamada 'rede limpa' parece ser a expressão preferida de Pompeo, talvez ele devesse nos explicar, por que a figura obscura dos Estados Unidos pode ser encontrada nas atividades de espionagem cibernética do PRISM, do Equation Group e do ECHELON? Por que é que as autoridades de inteligência dos Estados Unidos fazem uma vigilância 24/7 nos telefones celulares e computadores em todo o mundo, inclusive interceptando os líderes dos aliados do país há mais de uma década? Este é aparentemente o modus operandi de um Estado hacker", enfatizou Zhao.

A argumentação dos EUA de "proteger a privacidade e as liberdades individuais da população" nada mais é do que um pretexto de alta repercussão, disse Zhao, acrescentando que, desde a intervenção em outros países sobre a implementação do 5G até a coação aberta dos aliados para excluir a Huawei, certos políticos dos EUA são desprovidos de escrúpulos ao recorrer ao poder estatal, contanto que isso impeça as empresas chinesas de obterem vantagem na implantação do 5G.

"Receio que o que eles têm em mente não é uma 'rede limpa', mas uma 'rede americana'; não uma 'rede 5G segura', mas uma 'rede de vigilância dos EUA'; não a proteção de 'privacidade e liberdades' do indivíduo, mas a consolidação de uma 'hegemonia digital' dos Estados Unidos", destacou Zhao.

"Acreditamos que o mundo pode ver certos políticos americanos como realmente são, assim como rejeitar a interferência hegemônica dos EUA na cooperação 5G de outros países, e manter um ambiente de negócios justo, equitativo, aberto e não discriminatório".

Segundo o porta-voz, em uma era de globalização, o desenvolvimento do 5G deve seguir o conceito de consultas internacionais, contribuição conjunta e benefícios compartilhados, sendo que politizar questões relevantes ou gerar cliques não será conducente ao progresso do 5G.

"Tais práticas vão contra o princípio de concorrência leal e os interesses comuns da comunidade internacional", acrescentou.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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