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China reverte desertificação em Maowusu, Mongólia Interior

Fonte: Diário do Povo Online    12.08.2020 15h38

A Mongólia Interior nunca cessou de gerir os campos arenosos de Maowusu. As pessoas que aqui vivem lutaram contra a desertificação por 60 anos. Hoje, 70% destas terras na região de Ordos foram efetivamente recuperadas.

A povoação de Wushen está situada no deserto de Maowusu, com uma área total de mais de 1,600km2 (cerca de 2,5 milhões de mu), com areias movediças perfazendo 54% da região, das quais as planícies perfazem um terço.

Devido às características arenosas do terreno, os camponeses e pastores locais viram-se obrigados a recorrer a espécies resistentes para travar o avanço das dunas.

Após vários anos de trabalho árduo, o povoado de Wushenzhao está agora verdejante, sendo que a confiança das pessoas na prevenção e controle da desertificação saiu renovada. O líder dos trabalhos, Baori Ledai, de 83 anos, afirma: “Ao ver os rebentos crescer, todos começamos a acreditar que o deserto pode ser gerido e que o meio ambiente pode ser melhorado com o nosso esforço”.

Em 1979, a China começou a implementar um projeto de 70 anos de reflorestação nos “Três Nortes” (Noroeste, Norte e Nordeste da China). Com o apoio de fundos especiais para a construção ecológica, introdução de tecnologias avançadas de controlo de desertificação e lançamento de sementes por via aérea, a região de Maowusu foi lentamente requalificada. Após mais de 40 anos de trabalhos, a cobertura florestal cresceu dos 27% iniciais para os mais de 95% atuais.

Entre 2001 e 2010, vários programas e políticas de pousio e rotação de culturas permitiram uma gestão uniformizada dos terrenos, de modo a potenciar ao máximo as políticas de recuperação em vigor.

Com mais de 3 milhões de yuans em fundos direcionados a empresas locais, a Vila Ulanshibatai tem a sua própria fábrica de processamento de ramos de salgueiro. Os ramos de salgueiro processados são utilizados por várias empresas químicas em Yinchuan, Ordos e Hohhot, devido às baixas emissões, proteção ambiental e propriedades não fumígenas.

"As mais de 3.000 toneladas de ramos de salgueiro processado produzidas este ano podem render um lucro de mais de 600.000 yuans".

Quando o ambiente ecológico é bom, todos podem beneficiar. Milho, melancias, pêssegos, damascos, e ameixas cresceram em terrenos que outrora eram apenas areia. Muita da fauna afastada pelos ventos e pela areia regressaram aqui e vicejam agora na floresta.

A recuperação de Maowusu granjeou inclusive o apreço das Nações Unidas, que descrevem que a gestão territorial local “faz com que o mundo olhe com apreço para a China”.

 

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