O presidente afegão, Mohammad Ashraf Ghani, emitiu um decreto na segunda-feira para perdoar e libertar cerca de 400 presos controversos do Talibã, confirmou o Palácio Presidencial.

O palácio tweetou que Ghani assinou o decreto na noite de segunda-feira para o perdão da punição de prisioneiros do Talibã condenados, que estão inclusos entre os 5.000 prisioneiros listados pelo grupo talibã.

A mudança aconteceu um dia depois que participantes de uma Loya Jirga, ou Grande Assembleia, de 3.400 membros, votaram pela libertação de 400 presos do Talibã.

Um acordo de paz assinado entre os Estados Unidos e o Talibã no Catar em fevereiro exigia que o governo afegão libertasse 5.000 presos talibãs em troca da libertação de 1.000 soldados ou funcionários do governo pelo Talibã.

Desde o início de março, o governo afegão libertou 5.100 presos talibãs e o Talibã libertou 1.000 soldados ou funcionários do governo afegãos.

Segundo o acordo, as forças da coalizão lideradas pelos EUA e pela OTAN deixariam o Afeganistão em julho do próximo ano, dependendo se a organização do Talibã cumprisse as condições previstas no acordo, incluindo o corte de laços com grupos terroristas estrangeiros.

No entanto, o palácio presidencial disse que as disposições do decreto emitido sobre o perdão do Talibã não impedem os indivíduos de processarem por seus direitos.

Não se sabe quando os 400 presos do Talibã serão libertados.

De acordo com autoridades não identificadas, após a libertação de 400 presos do Talibã, as negociações de paz há muito adiadas entre o Talibã e o governo afegão começarão no final deste mês.