(Foto: China Daily)
A economia chinesa recuperou substancialmente no segundo trimestre com um crescimento do PIB mais sólido que o esperado, de 3,2% em termos anuais, sendo que os economistas estimam que tal ímpeto de recuperação deverá se manter nos próximos trimestres, alicerçado por políticas flexíveis de apoio.
A economia chinesa tornou-se a primeira das principais economias mundiais a demonstrar uma recuperação robusta dos danos causados pela pandemia de Covid-19, reagindo a uma contração de 6,8% no primeiro trimestre.
Os principais indicadores econômicos têm demonstrado um melhoramento contínuo. A produção industrial está recuperando rapidamente, tendo crescido 4,4% em termos anuais durante o segundo trimestre, contrastando com a queda de 8,4% no primeiro trimestre, de acordo com dados publicados pelo Gabinete Nacional de Estatísticas na quinta-feira.
O setor de serviços expandiu 1,9% no segundo trimestre, revertendo a queda de 5,2% nos primeiros 3 meses do ano. Tanto o investimento como o consumo estão recuperando, acompanhando a queda do investimento em ativos fixos de 3,1% na primeira metade do ano, enquanto que a contração de vendas no varejo diminuiu para 3,9% no segundo trimestre face à queda profunda de 19% no trimestre anterior, de acordo com a NBS.
“Em termos gerais, a economia superou gradualmente o impacto adverso da pandemia de Covid-19 na primeira metade do ano e demonstrou um ímpeto de crescimento restaurativo com grande resiliência e vitalidade”, disse Liu Aihua, porta-voz da NBS, durante uma coletiva de imprensa em Beijing.
Os economistas afirmam que a forte recuperação econômica da China se deveu a fatores incluindo medidas adotadas pelo país para travar a propagação da epidemia, políticas de estímulo econômico, de investimento e recuperação do setor de exportação acima da média, resultante da rápida reposição da atividade econômica no país.
“Em meio à deterioração da situação global da pandemia, a economia chinesa conseguiu recuperar rapidamente, com um crescimento do PIB acima de 2%. Trata-se de um feito notável”, disse Lu Ting, economista da Nomura Securities.
Mais políticas de incentivo ao consumo e à demanda doméstica deverão ser implementados, à medida que a recuperação do país demonstra sinais de uma recuperação mais rápida da oferta do que da demanda e em que o investimento parece recuperar mais rapidamente que o consumo, segundo os economistas.
Apesar da recente recuperação sólida, o crescimento das vendas no varejo do país permanece em território negativo, tendo caído 1,8% face ao ano anterior em junho, devido aos efeitos da pandemia nos setores de catering e dos demais que exigem contato físico.
Uma pesquisa recente do Banco Popular da China, o banco central, demonstrou que a proporção de residentes que planeja aumentar seus gastos com habitação, turismo e bens de luxo nos próximos três meses está aumentando, apontando a direção dos padrões de consumo domésticos.