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Brasil deve estender operação de armas de fogo na Amazônia até 2022

Fonte: Diário do Povo Online    16.07.2020 16h53

O vice-presidente brasileiro Hamilton Mourão, durante uma conferência de imprensa no Palácio do Itamaraty, em Brasília, Brasil, 15 de julho de 2020. O governo do Brasil criou a operação da Garantia da Lei e da Ordem executada pelas Forças Armadas na região amazônica até o final do mandato do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, 31 de dezembro de 2022, afirmou Mourão. (Xinhua / Lucio Tavora)

O governo do Brasil deve manter a operação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) executada pelas Forças Armadas na região amazônica até o final do mandato do presidente Jair Bolsonaro, em 31 de dezembro de 2022, afirmou o vice-presidente Hamilton Mourão.

"A operação é uma medida urgente, mas não é um esforço isolado. Temos o planejamento para manter a GLO, se necessário, até o final do atual mandato Presidencial, em dia 31 de dezembro de 2022", disse Mourão na abertura de uma reunião do Conselho da Amazônia, no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério de Relações Exteriores, na cidade de Brasília.

No encontro do conselho, participaram também os ministros brasileiros do Meio Ambiente, Ricardo Salles; da Agricultura, Tereza Cristina e da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes.

"As ações estão sendo ampliadas para evitar as queimadas durante o verão amazônico, que já começou e se estende até setembro", disse Mourão.

A primeira versão da operação GLO foi executada em agosto do ano passado, em resposta ao alto número de incêndios, em ações que duraram em um primeiro momento 60 dias.

Em fevereiro de 2019, o governo anunciou a criação do Conselho da Amazônia, presidido por Mourão, e em maio a Operação Brasil Verde 2, para combater o desmatamento ilegal.

Mourão apontou estas ações no relatório de dados do Instituto Nacional de Investigações Espaciais (INPE), sem deixar dúvidas sobre a retomada do desmatamento na Amazônia a partir de 2012, com um aumento significativo em 2019.

"Como se não bastasse o prejuízo natural brasileiro, os crimes ambientais deixam nosso país vulnerável a campanhas difamatórias, abrindo caminho para que interesses protecionistas levantem barreiras comerciais injustificáveis contra a exportações do agronegócio", ressaltou.

Mourão comentou os dados do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) divulgados recentemente pelo INPE, segundo os quais houve um registro recorde nos alertas de desmatamento.

O vice-presidente reiterou que o Brasil vive um "momento de pressão" devido aos incêndios e o desmatamento na região amazônica.

De acordo com o Deter, a Amazônia brasileira registrou 1.034,4 quilômetros de superfície, abaixo do alerta de desmatamento em junho do ano passado, um recorde para a série histórica iniciada em 2015.

Na primeira metade do ano, os alertas indicam devastação em 3.069,57 quilômetros quadrados, um aumento de 25 por cento em comparação à primeira metade de 2019. 

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