He Yin
“Estima-se que em 2020, a única das principais economias capaz de atingir crescimento positivo será a China”. Assim indicam as recentes estimativas das Perspetivas Econômicas Mundiais do Fundo Monetário Internacional (FMI). Sob o pano de fundo da pandemia do novo coronavírus e a recessão da economia mundial, a recuperação contínua da economia chinesa injeta hoje uma forte confiança na recuperação econômica global.
Consumidores numa loja duty free em Sanya, província de Hainan. Foto: Chen Wenwu, Diário do Povo Online
Aguentando a pressão imposta pela epidemia, a China deu perante o mundo um exemplo de coordenação da prevenção epidemiológica e de desenvolvimento econômico e social. Os dados mais recentes lançados pela China confirmam a previsão otimista do FMI.
O valor agregado das indústrias acrescentado no país aumentaram por dois meses consecutivos. O ritmo de receitas da indústria chinesa saiu já de terreno negativo. O índice de produção da indústria de serviços já retomou a tendência ascendente e o consumo energético está acelerando. Os efeitos das medidas de estímulo à produção fazem-se sentir e a economia está já na senda de recuperação.
O índice de compras do setor manufatureiro em junho foi de 50,9%, mantendo-se estável por 4 meses consecutivos - um indicador de que a recuperação econômica chinesa está sendo consolidada, lançando bases para o crescimento econômico na segunda metade do ano.
O crescimento da indústria de entregas e logística é também um indicador claro da revitalização do mercado chinês. Após a quebra de janeiro, os correios nacionais superaram rapidamente a quebra de serviços.
Desde maio, o crescimento excedeu os 40% em termos anuais, estabelecendo um novo recorde desde fevereiro de 2018. Os fatos revelam que a China não só resistiu ao choque da epidemia, mas conseguiu implementar medidas precisas para promover simultaneamente o desenvolvimento econômico social.
Apesar do contributo da China, o Banco Mundial prevê uma queda da economia global de 5,2%, a qual qualifica como “a pior recessão econômica desde a Segunda Guerra Mundial”.
Embora muitos países tenham gradualmente relaxado as medidas de controle e prevenção, o caminho rumo à recuperação da economia é ainda muito incerto. Neste contexto, a China moveu esforços no sentido de estabilizar o comércio externo e de manter a cadeia de fornecimento global e de privilegiar novos formatos de comércio.
O relatório de trabalho do governo da China,lançado nas “duas sessõs” realizadas em maio, reiterou também a vocação de abertura do país, em prol da estabilidade comercial, estímulo ao investimento externo, co-construção da iniciativa do “Cinturão e Rota”, facilitação e liberalização do comércio, desenvolvimento do Porto de Livre Comércio de Hainan, entre outras, visando a entrada em uma nova era de abertura da China.
As versões de 2020 das Lista Negativa Nacional de Admissão de Investimento Estrangeiro e a Lista Negativa Nacional de Admissão da Zona Piloto de Investimento Estrangeiro foram anunciadas ao mundo, sinalizando uma redução de restrições ao investimento externo na China.
A 127ª Feira de Cantão foi realizada online, atraindo comerciantes estrangeiros de 217 países e regiões para a exibição. Os preparativos para a 3ª Exposição Internacional de Importação da China estão também avançando, sendo que o local do evento excedeu já 90% da lotação. Os estrangeiros são unânimes a referir que a China está comprometida com a criação de um mercado aberto e justo, o que se revela num aumento da confiança dos investidores e na recuperação econômica global.
Apesar da pressão imposta na primeira metade de 2020, os fundamentos da estabilidade econômica chinesa e do seu avanço no longo prazo permanecem inalterados. A China trabalhou arduamente para explorar novas oportunidades durante a crise e para se adaptar às novas circunstâncias, oferecendo soluções que inspiraram o mundo. Em um mundo mais instável e incerto, a China tem a confiança e a habilidade para continuar a promover o desenvolvimento da sua economia e injetar um novo ímpeto na economia mundial.