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Relações China-EUA enfrentam os mais graves desafios desde estabelecimento das relações diplomáticas, afirma Wang Yi

Fonte: Diário do Povo Online    10.07.2020 09h57

As relações entre a China e os Estados Unidos estão enfrentam os desafios mais sérios desde o estabelecimento das relações diplomáticas em 1979, afirmou na quinta-feira (9) o conselheiro de Estado chinês e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.

Em um fórum sobre as relações China-EUA realizada por vídeo, Wang disse que algumas pessoas nos EUA veem a China como um "oponente" ou mesmo como um "inimigo" devido a preconceito ideológico. Eles se aproveitam de todas as oportunidades para suprimir o desenvolvimento da China e obstruir a conexão entre os dois países, acrescentou.

O desenvolvimento das relações China-EUA não apenas diz respeito aos interesses do povo chinês e americano, mas também importa muito para o futuro do mundo e da humanidade, ressaltou.

"Esperamos que os EUA possam desenvolver uma compreensão mais objetiva e calma da China e formular uma política mais racional e pragmática da China", afirmou o diplomata.

As relações entre a maior e a segunda maior economias do mundo pioraram com as disputas comerciais e a pandemia da Covid-19. Alguns políticos dos EUA culparam Beijing pela disseminação do coronavírus, enquanto Beijing criticou Washington pela transferência de culpa.

Ainda assim, os EUA insistem em criticar o tratamento da China com questões relacionadas a Xinjiang, Tibet, Hong Kong e Taiwan. Beijing tem repetidamente alertado Washington contra a intromissão em seus assuntos internos.

"A China está comprometida com o caminho do socialismo com características chinesas", disse Wang. "É um caminho adequado às condições nacionais da China e uma escolha feita pelo povo chinês".

Está provado que o caminho ajudou o país de 1,4 bilhão de pessoas a se livrar da pobreza e do atraso, observou o diplomata.

Nenhuma força tem o direito de negar a legitimidade do caminho escolhido por outros países, e nenhum país mudará seu sistema de acordo com as preferências de outras pessoas, enfatizou.

A China não copiará o modelo de outros países nem exportará o "modelo da China", disse ele, enfatizando que a China nunca solicita que outros países copiem suas práticas.

"A China e os EUA não devem tentar mudar um ao outro, mas devem explorar formas de coexistência pacífica", disse Wang ao fórum. "A China não vai e não pode se tornar outra América".

Wang enfatizou que a China ainda está disposta a desenvolver suas relações com os EUA com boa vontade e sinceridade.

"A China nunca pretende desafiar ou substituir os EUA e não tem intenção de se envolver em um confronto total com os EUA", afirmou ele. "O que mais nos preocupa é melhorar o bem-estar de nosso povo, o que mais valorizamos é o rejuvenescimento da nação chinesa e o que mais esperamos é a paz e a estabilidade no mundo ".

No entanto, a China, como país independente, tem o direito de defender seus interesses de soberania, segurança e desenvolvimento e recusar qualquer intimidação e injustiça contra ela, disse o ministro das Relações Exteriores.

Wang pediu aos dois lados para ativar e abrir todos os canais de diálogo e identificar áreas de cooperação e diálogo, e quais disputas permanecem entre eles.

A China e os EUA devem lidar adequadamente com as disputas não resolvidas e minimizar os danos nos laços bilaterais causados por essas questões, disse ele.

Wang propôs ainda que China e EUA trabalhem juntos na luta contra a pandemia da Covid-19.

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