Governo brasileiro e líderes empresariais enfatizam unidade em relação às tarifas dos EUA

Fonte: Xinhua    16.07.2025 14h33

Representantes do governo brasileiro e líderes empresariais enfatizaram nesta terça-feira, após reunião em Brasília, que os setores público e privado estão alinhados e trabalhando juntos para encontrar uma solução para a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros pelo governo dos Estados Unidos.

A reunião, presidida pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin, abordou a decisão do governo Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

Em entrevista coletiva após a reunião, Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), afirmou que o governo e o setor empresarial estão "em uníssono e convergentes" e trabalham para encontrar uma solução antes da data prevista para a imposição das tarifas.

Líderes empresariais brasileiros também se comprometeram a intensificar o diálogo com o setor privado americano.

"Não podemos ficar imprevisíveis. Temos produtos perecíveis envolvidos nessa questão", enfatizou Alban, que defende negociações com os Estados Unidos. "O que entendemos é que o Brasil não se precipitará em retaliações", comentou.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, afirmou que o setor tem "absoluta confiança" na capacidade de negociação do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

"Daremos todo o apoio e assistência para que o Brasil chegue a um entendimento que beneficie as empresas brasileiras e americanas", disse Gomes.

O vice-presidente Geraldo Alckmin enfatizou que a intenção do governo é resolver o problema por meio do diálogo com o setor privado e voltou a questionar as tarifas.

"Os Estados Unidos têm déficit comercial com grande parte do mundo, mas têm superávit comercial com o Brasil. Tanto no setor de serviços quanto no de bens", lembrou.

Segundo ele, o governo brasileiro está em contato direto com representantes do setor industrial americano que podem ser afetados. A ideia é reforçar o argumento de que a nova barreira tarifária prejudica empresários dos dois países.

Alckmin não descartou a possibilidade de buscar o adiamento da imposição da tarifa caso Brasil e Estados Unidos não cheguem a um acordo até 1º de agosto.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)
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