Chanceleres chinês e holandesa trocam opiniões sobre Afeganistão e laços bilaterais

Fonte: Xinhua    26.08.2021 09h03

O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e a ministra das Relações Exteriores da Holanda, Sigrid Kaag, trocaram opiniões sobre a situação no Afeganistão, assim como os laços bilaterais em uma conversa telefônica nesta terça-feira.

Observando que o Afeganistão enfrentará múltiplos desafios no futuro, Wang disse que disputas complexas entre grupos étnicos e seitas religiosas, assim como questões de pobreza e refugiados precisam ser resolvidas, e salientou que os riscos de uma guerra civil causada por conflitos regionais têm de ser evitados.

Ele ressaltou que atualmente a comunidade internacional está chegando gradualmente a um consenso sobre o Afeganistão: construir uma estrutura política aberta e inclusiva; buscar políticas internas e externas moderadas; e fazer uma ruptura absoluta com vários grupos terroristas.

Como culpado da questão afegã, os Estados Unidos não devem simplesmente desaparecer ou impor sanções ao país, destacou Wang, acrescentando que é responsabilidade norte-americana lidar adequadamente com o caos ao redor do aeroporto de Cabul, fornecer assistências econômicas e humanitárias necessárias ao Afeganistão e ajudar a realizar uma transição estável no país através de ações concretas.

Wang afirmou que a China entende as preocupações dos países europeus com o Afeganistão e espera que o lado europeu possa contribuir para a paz, a estabilidade e o desenvolvimento do país, acrescentando que a China aprecia a ajuda da Holanda ao fundo humanitário afegão das Nações Unidas.

Kaag concordou com as opiniões do lado chinês sobre a situação no Afeganistão, dizendo que a comunidade internacional deve prestar ativamente assistência ao povo afegão através de esforços conjuntos, promover a solução da questão com base nos princípios estabelecidos pelo Conselho de Segurança da ONU e fazer esforços para promover a paz e a estabilidade regionais.

Os dois lados também trocaram opiniões sobre as relações bilaterais.

A China considera a Holanda a "porta de entrada" para a cooperação com a União Europeia (UE), observou Wang, acrescentando que a parceria aberta e pragmática para a cooperação abrangente China-Holanda, estabelecida pelos líderes dos dois países, está em conformidade com as características dos laços bilaterais e traça o curso para a cooperação futura entre os dois lados.

Diante da situação internacional incerta, todos os países devem praticar o verdadeiro multilateralismo e, mais importante, salvaguardar conjuntamente o sistema internacional com a ONU como seu núcleo e prevenir que o mundo se divida, alertou Wang.

Ele acrescentou que é urgente que a comunidade internacional lute conjuntamente contra a pandemia da COVID-19, e que a China promoveu ativamente, como sempre, a cooperação antipandêmica internacional.

No entanto, todas as partes devem ficar alertas para a tendência atual de politizar o rastreamento das origens do vírus, explicou Wang, indicando que os Estados Unidos ignoraram e abandonaram o relatório de pesquisa elaborado pelos especialistas da OMS, e pediram às suas agências de inteligência que apresentem uma chamada conclusão sobre o rastreamento das origens em um tempo limitado.

A abordagem dos EUA é anticientífica, enquanto a "conclusão" é obrigada a servir a seus próprios propósitos políticos e interferir seriamente na cooperação internacional contra a pandemia, acusou Wang.

O chanceler expressou sua esperança de que todos os países tomem uma posição científica e objetiva na questão do rastreamento das origens e apoiem uma pesquisa mais extensa em países e regiões onde os primeiros casos foram encontrados.

Observando que a China está construindo uma economia aberta de alto padrão, Wang disse que seu país espera que o lado holandês expanda ainda mais seu comércio e investimento na China e continue a fornecer um ambiente de negócios aberto e transparente para as empresas chinesas.

A China está fazendo todos os esforços para se preparar para os Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing a serem realizados no início do próximo ano e está disposta a tornar o evento o mais conveniente possível para os atletas holandeses, garantiu Wang, acrescentando que a China e a Holanda devem resistir conjuntamente à politização dos esportes.

Por sua vez, Kaag apreciou que a China considera a Holanda a "porta de entrada" para a cooperação UE-China, dizendo que seu país continuará a melhorar seu ambiente de negócios e se tornará um destino de investimento mais atraente e competitivo.

A Holanda espera celebrar o 50º aniversário dos laços diplomáticos com a China, afirmou Kaag, enfatizando que, sob a atual situação internacional incerta, um multilateralismo eficaz e inclusivo deve ser estabelecido para apoiar a ONU, a Organização Mundial do Comércio e outras organizações multilaterais a desempenharem seus devidos papéis.

Observando que o rastreamento das origens da COVID-19 é uma questão científica, Kaag espera que a pesquisa forneça experiência para a humanidade no tratamento das futuras pandemias.

Ela também expressou sua confiança de que a China realizará uma impressionante Olimpíada de Inverno e desejou aos atletas de ambos os lados excelentes resultados.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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