Os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e de Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, tiveram uma reunião nesta terça-feira em Brasília, na qual discutiram as possibilidades de cooperação entre os dois países nas áreas econômica, agrícola, sanitária e de segurança.

Após o encontro no Palácio do Planalto, Bolsonaro destacou em uma declaração à imprensa que o país africano é uma porta de entrada para o comércio na região da África Ocidental.

"Temos muito a colaborar com a Guiné-Bissau e eles também, no tema como a segurança do Atlântico Sul", afirmou antes de anunciar que tinha aceitado o convite para visitar, em data não especificada, o país africano.

Por sua vez, Embaló lembrou que o Brasil foi um dos primeiros países a reconhecer a independência de Guiné-Bissau em 1974, e que, desde então, nunca deixou de ajudar seu país.

"O Brasil tem tudo que Guiné-Bissau mais necessita neste momento, como, por exemplo, para modernizar a agricultura, a área da saúde, etc. Tem tecnologias muito importantes que são capazes de nos apoiar para que possamos desenvolver nosso país", destacou.

O visitante sugeriu também a criação de comissões mistas entre os dois países em diferentes áreas.

Conhecido por sua proximidade ideológica com Bolsonaro, Embaló chegou ao país em um avião da Força Aérea Brasileira, enviado especialmente para buscar o presidente e sua comitiva.

Na relação entre Brasil e Guiné-Bissau, os destaques são a cooperação técnica em áreas como saúde, agricultura, educação, formação profissional e o fortalecimento das instituições estatais.

O intercâmbio comercial bilateral, composto principalmente por bens exportados pelo Brasil, foi de cerca de US$ 4 milhões em 2020.