Embaixada chinesa na Grã-Bretanha condena documentário do Channel 4 sobre rastreamento de origens da COVID-19

Fonte: Xinhua    25.08.2021 10h35

A embaixada da China na Grã-Bretanha condenou energicamente nesta segunda-feira o Canal 4 da Grã-Bretanha por sua recente transmissão de um documentário intitulado "COVID vazou de um laboratório na China?"

"Este documentário tenta desafiar o consenso da comunidade internacional e dos cientistas em todo o mundo sobre o rastreamento de origens, vendendo especulações infundadas e boatos. Está cheio de distorção, e faz alusão e propaga a teoria da conspiração do vazamento do laboratório em Wuhan, China", disse um porta-voz da embaixada. "Nós nos opomos firmemente e condenamos fortemente a esta reportagem falsa e não científica que serve apenas para ajudar na manipulação política."

A embaixada chinesa instou fortemente o Canal 4 a "respeitar a ética e a conduta profissional, e cobrir o rastreamento das origens de forma objetiva e justa".

"A propaganda de desinformação que distorce fatos e confunde o certo e o errado deve parar para que o público não seja enganado e a mídia não seja transformada em uma ferramenta das forças anti-China para manipulação política e disseminação de desinformação", disse o porta-voz.

Em março deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou oficialmente o Relatório Conjunto da equipe de estudos conjuntos OMS-China, que fornece as conclusões mais confiáveis, profissionais e baseadas em ciência sobre o rastreamento de origens, dizendo que a introdução da COVID-19 por meio de um acidente laboratorial é "extremamente improvável" e que é importante investigar os casos iniciais em diferentes países. O relatório também apresentou recomendações específicas para futuros estudos de rastreamento das origens.

O porta-voz reiterou que a posição da China sobre o rastreamento global de origens da COVID-19 é consistente e clara.

Primeiro, o rastreamento das origens é uma questão de ciência. Deve e só pode ser deixado aos cientistas para identificar, através de pesquisas científicas, a fonte zoonótica do vírus e as rotas de transmissão animal-humana. Nenhum país tem o direito de colocar seus próprios interesses políticos acima da vida das pessoas, nem deve uma questão de ciência ser politizada com o propósito de difamar e atacar outros países.

Em segundo lugar, as conclusões e recomendações do relatório de estudo conjunto OMS-China são amplamente reconhecidas pela comunidade internacional e pelos cientistas, e devem ser respeitadas e implementadas por todas as partes, incluindo a OMS. O trabalho futuro do rastreamento global de origens irá e deve proceder a partir dessa base, em vez de reinventar a roda.

Em terceiro lugar, a China apoiou o tempo todo e continuará a participar dos esforços baseados em ciência para o rastreamento de origens. O que a China se opõe é politizar o rastreamento de origens, ou rastreamento de origens que vai contra a resolução da Assembleia Mundial da Saúde (AMS) e desconsidera o relatório do estudo conjunto.

Em quarto lugar, o secretariado da OMS deve agir conforme a resolução da AMS, realizar uma consulta completa com os Estados-membros sobre o plano de trabalho para o rastreamento global das origens, incluindo o mecanismo de acompanhamento, e respeitar plenamente as opiniões dos Estados-membros. O plano para rastreamento das origens envolvendo um determinado país deve ser decidido por meio de consultas com o país em questão, pois isso fornece a base para uma cooperação efetiva.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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