China se esforça para que edifícios verdes prevaleçam

Fonte: Diário do Povo Online    04.06.2021 15h45

Nos últimos anos, a China testemunhou um grande desenvolvimento no campo da construção de edifícios verdes. A proporção de edifícios verdes urbanos em todas as novas construções aumentou significativamente de 2% em 2012 para 65% em 2019.

Edifício coberto por módulos fotovoltaicos no distrito de Changping, em Beijing. 

Considerando que a energia utilizada em todo o processo de construção civil foi responsável por mais de 45 por cento do consumo total de energia do país asiático, o desenvolvimento de edifícios verdes e a redução de emissão de carbono na área da construção é significante, segundo cálculos de um relatório de pesquisa.

Diante desse fato, o Ministério da Habitação e Desenvolvimento Urbano-Rural destacou no final do ano passado que a China irá redobrar seus esforços na construção de uma arquitetura verde.

Vários métodos estão sendo adotados para tornar os edifícios mais verdes. Um edifício coberto por módulos fotovoltaicos no distrito de Changping, em Beijing, serve como um bom exemplo desses esforços - usando paredes fotovoltaicas leves em vez de contrapartes de cimento tradicionais, a construção é composta por um total de 1.155 módulos fotovoltaicos de filme fino, que devem gerar anualmente 75.000 quilowatts-hora de energia, e atender de 30 a 40 por cento das necessidades de eletricidade do edifício.

Além da economia de energia, o edifício também se caracteriza pela eficiência de seu processo construtivo. Formado por 410 membros estruturais de aço, 197 placas de cobertura e 170 unidades de cortina fotovoltaica pré-fabricadas, o edifício foi concluído em 7 dias, de modo semelhante àquele usado para montar blocos de construção.

Este tipo de edifício pré-fabricado pode ser concluído num período de tempo mais curto e, ao mesmo tempo, reduz efetivamente a poluição do ar e o descarte de resíduos durante o processo de contrução.

Em comparação com o método tradicional fundido no local, um projeto de construção de concreto pré-fabricado pode reduzir a descarga de resíduos em 70 por cento, economizar no uso de madeira em 60 por cento, reduzir a quantidade de argamassa de cimento usada em 55 por cento e conservar o consumo de água em 25%, de acordo com dados de pesquisa relevantes.

Na verdade, edifícios recém-pré-fabricados em 31 regiões de nível provincial cobriam uma área de 630 milhões de metros quadrados em 2020, um aumento de 50 por cento em relação a 2019, que segundo as estatísticas do Ministério da Habitação chinês, representa cerca de 20,5 por cento das novas áreas de construção.

“A China começou a construir edifícios verdes no início deste século, o que é cerca de 30 anos mais tarde do que os países desenvolvidos. No entanto, o desenvolvimento da sua arquitetura verde tem sido rápido”, explicou um responsável do Ministério da Habitação chinês, acrescentando que, os sistemas relevantes do país asiático foram adaptados aos padrões internacionais.

Em 2022, a proporção de edifícios verdes, entre todos os recém-construídos, chegará a 70 por cento, de acordo com um plano de ação conjunto lançado pelo Ministério da Habitação e Desenvolvimento Urbano-Rural da China e outros sete departamentos.

O plano também apresenta tarefas importantes, como a promoção da implementação total de projetos ecológicos em novas contruções, a melhoria da eficiência energética e hídrica e o estabelecimento de um mecanismo de supervisão para os usuários residenciais.

(Web editor: Fátima Fu, editor)

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