Cerca de 13 cidades no estado de São Paulo, no sudeste do Brasil, anunciaram na terça-feira uma quarentena total de cinco dias a partir de quarta-feira para reduzir os casos da nova doença coronavírus (COVID-19), que levaram ao colapso dos hospitais da região.

O anúncio foi feito no momento em que o estado de São Paulo, o epicentro da pandemia do Brasil, ultrapassou 90 por cento da ocupação hospitalar, com mais de 20 hospitais lotados de pacientes com COVID-19 e um recorde de mortes diárias em março.

"Disponibilizar mais leitos não adianta, não conseguimos suportar", disse Edinho Araujo, prefeito de São José do Rio Preto, uma das cidades que liderou a política de quarentena total, a jornalistas em entrevista coletiva.

A cidade de Ribeirão Preto, um importante polo produtivo do Brasil, também anunciou uma quarentena total, incluindo sistemas de transporte público ociosos e supermercados fechando para a população, eles poderão continuar entregas à domicílio.

A essas cidades juntaram-se as cidades menores de Ibira, Nova Aliança, Nova Granada, Palestina, Mira Estrela, Icém, Guapiaçu, Monte Aprazível, Jales, Bady Bassitt e Sales.

As quarentenas podem ser estendidas após o domingo, embora os serviços de transporte público sejam retomados na segunda-feira apenas para o transporte de trabalhadores essenciais.

O Brasil está passando por uma nova onda de casos de COVID-19, alimentada em parte por uma nova variante do vírus que surgiu no norte do estado do Amazonas.

A cidade paulista de Araraquara impôs uma quarentena total na semana passada e viu uma queda de 50 por cento na transmissão de COVID-19, com a ocupação do hospital caindo para 94 por cento.

O estado de São Paulo registrou 64.223 mortes pela doença e 2.208.242 casos de infecção desde que o primeiro caso no Brasil foi detectado no dia 26 de fevereiro de 2020.