A vacina do laboratório chinês Sinovac Biotech contra o coronavírus, que está na última fase de testes em 9 mil brasileiros poderá estar disponível para aplicação no Brasil, a partir de janeiro, segundo anunciou nesta quinta-feira o secretário de Saúde do estado de São Paulo (sudeste), Jean Gorinchteyn.

"De acordo com o cronograma, poderemos iniciar a vacinação em janeiro com 46 milhões de doses que teremos em dezembro", disse o secretário do estado mais afetado pela COVID-19 no país, com 32.104 mortes acumuladas desde o início da pandemia.

A vacina Coronavac, da farmacêutica chinesa, está sendo testada e desenvolvida através de uma parceria com o Instituto Butantan, o centro laboratorial público do estado de São Paulo que possui a maior fábrica de vacinas da América Latina.

Em caso de sucesso da vacina, Gorinchteyn antecipou ao canal GloboNews que no dia 15 de outubro os resultados dos testes em humanos serão enviados a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para que conceda a autorização.

Ainda de acordo com o cronograma do governo paulista, até março de 2021 haverá 60 milhões de doses à disposição no Brasil.

O secretário disse que existe a possibilidade da fabricação de 100 milhões de doses em 2021, caso se receba mais recursos do governo federal para essa iniciativa.

O governo de São Paulo está montando uma nova fábrica de vacinas no complexo industrial do Instituto Butantan destinada à produção da imunização contra o coronavírus que, também, poderá ser disponibilizada para outros países da região latino-americana que a solicitem, como tinha anunciado no mês passado para a Xinhua, o governador do estado, João Doria.