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Especialists: China construirá centros de fintech

Fonte: Diário do Povo Online    09.09.2020 09h49

Foto tirada em 2 de setembro de 2020 mostra a área de exposição externa da Feira Internacional de Comércio de Serviços da China (CIFTIS) em Beijing. [Foto / Xinhua]

A China planeja construir centros de fintech pioneiros em todo o país, focando na pesquisa e desenvolvimento de tecnologia de blockchain e moeda digital para impulsionar o investimento em infraestrutura financeira, de acordo com autoridades e especialistas na terça-feira (8).

O comentário foi realizado no Fórum de Tecnologia Financeira da China 2020, parte da Feira Internacional de Comércio de Serviços da China 2020 (CIFTIS), em Beijing.

De acordo com um relatório divulgado no fórum, Beijing está no topo entre as oito cidades do mundo, graças ao seu enorme mercado consumidor, aplicação de tecnologia avançada e rápido desenvolvimento do ecossistema fintech.

Outras cidades que a China pretende desenvolver como centros globais de fintech são Shanghai, Shenzhen, na província de Guangdong e Hangzhou, na província de Zhejiang, de acordo com o relatório.

No ano passado, o Banco Popular da China (BPC), o Banco Central da China, publicou um plano de desenvolvimento de fintech de três anos, de 2019 a 2021. Até agora, alguns resultados foram alcançados e grandes projetos estão ocorrendo conforme planejado, disse Li Wei, chefe do departamento de ciência e tecnologia do BPC.

A emissão da moeda digital do banco central foi incluída nesse projeto, que também envolve o desenvolvimento de serviços fintech baseados em blockchain, big data, inteligência artificial e tecnologia de segurança financeira. O plano de três anos pretende promover a indústria fintech da China a um nível de liderança internacional.

Até o momento, a estrutura de tecnologia básica da moeda digital projetada pelo banco central está quase concluída, com design sofisticado de alto nível, e os testes estão em andamento em alguns cenários de aplicação, afirmou Ben Shenglin, co-diretor do Instituto Monetário Internacional na Universidade Renmin da China.

O rápido progresso dará ao BPC uma posição de liderança entre seus pares globais no lançamento oficial de uma moeda digital, disse Ben ao China Daily à margem do fórum.

Zhou Gengqiang, secretário-geral adjunto da Associação de Bancos da China, afirmou que junto com a pesquisa e promoção da moeda digital do banco central, os bancos comerciais devem ter mais oportunidades de fornecer opções de uso, bem como dados e serviços ao cliente, a fim de trazer produtos mais seguros e convenientes para os clientes.

Executivos de bancos multilaterais de desenvolvimento expressaram suas expectativas em relação à moeda digital do banco central, que está em testes.

Anil Kishora, vice-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento(NDB), um banco multilateral de desenvolvimento constituído pelos países do BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - disse que espera-se que o BPC seja um dos principais bancos centrais a emitir uma moeda digital, sendo necessário prestar atenção ao seu impacto na política regulatória no futuro.

Joachim von Amsberg, vice-presidente de política e estratégia do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura, informou que o déficit de financiamento da infraestrutura digital na Ásia está previsto para alcançar 500 bilhões de dólares americanos até 2030, o que oferece grandes oportunidades para o banco multilateral de desenvolvimento ampliar os investimentos na fronteira.

Li, o funcionário do BPC, afirmou que as regulamentações sobre o desenvolvimento da tecnologia fintech irão se concentrar na proteção da privacidade pessoal, na expansão dos serviços fintech para beneficiar mais indivíduos e na simplificação das regulamentações.

"O terceiro grupo de projetos de regulamentação de fintech em Beijing está em andamento", disse Li. Beijing se tornou a primeira cidade na China a lançar testes de regulamentação de fintech, ou o chamado Regulatory Sandbox, um modelo regulamentar britânico. Agora, 17 projetos estão em andamento testes, incluindo serviços de crédito baseados em blockchain e financiamento da cadeia de suprimentos.

Quase 150 instituições financeiras nacionais e internacionais estão participando online e offline da exposição temática de serviços financeiros na CIFTIS, incluindo 43 instituições financeiras estrangeiras de 18 países e regiões.

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