A defesa do multilateralismo continua sendo um consenso obrigatório da comunidade internacional e corresponde à aspiração dos países, assegurou Yang Jiechi, membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e diretor do Escritório da Comissão de Assuntos Exteriores do Comitê Central do PCCh.
Em uma entrevista escrita à Xinhua na sexta-feira, depois de completar suas visitas a Mianmar, Espanha e Grécia, Yang ressaltou que, durante algum tempo, os ventos contrários do unilateralismo e protecionismo interromperam e prejudicaram a coordenação e cooperação internacionais, lançando uma sombra sobre o desenvolvimento socioeconômico dos países de todo o mundo.
Entretanto, Yang acrescentou que o multilateralismo constitui uma base importante da cooperação e desenvolvimento dos mecanismos multilaterais depois da Segunda Guerra Mundial, um requisito prévio para promover a a governança global e uma via efetiva para proteger a paz mundial e impulsionar o desenvolvimento comum.
A China, afirmou Yang, sempre defendeu que a ordem internacional não pode representar, de maneira nenhuma, que algum país esteja acima dos outros.
A igualdade soberana e o multilateralismo continuam sendo a corrente principal no mundo de hoje, acrescentou.
Durante a entrevista, Yang pediu também a defesa firme do multilateralismo, assim como a salvaguarda da ordem e sistema internacionais que têm as Nações Unidas como núcleo e os objetivos e princípios da Carta da ONU como fundamento.
Depois de apontar que alguns países atribuem seus problemas à globalização, inclusive transferir culpas a outros, incitar a mentalidade da Guerra Fria e criar distanciamento e confrontação entre os países, Yang qualificou este tipo de ato como totalmente incorreto e assinalou que suas intenções nunca terão sucesso.
Yang lembrou que, durante suas visitas, os líderes de Mianmar, Espanha e Grécia expressaram sua esperança de reforçar as comunicações e a cooperação com a China na melhora da governança global e apoiar conjuntamente o sistema multilateral.
Os três países concordaram que a pandemia da COVID-19 comprovou de novo que a humanidade é uma comunidade com um futuro compartilhado, disse Yang, acrescentando que a China e as três nações se opõem à politização da pandemia e estigmatização de outros países.
A China somará esforços com os três países para apoiar a Organização Mundial da Saúde a desempenhar um papel de liderança na luta mundial contra a pandemia, fortalecer a coordenação e a cooperação dentro de marcos multilaterais como a ONU, o Grupo dos 20 e a Organização Mundial do Comércio, defender conjuntamente o multilateralismo e o livre comércio, manter a estabilidade e promover a democracia nas relações internacionais e conduzir o desenvolvimento do sistema de governança global em uma direção mais justa e equitativa, disse Yang.