As recentes ordens de alívio do coronavírus do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, têm pouco a oferecer para a macroeconomia americana em uma crise, apontaram especialistas.
Uma das quatro ordens executivas estenderá os benefícios extras de desemprego até o final do ano no valor de US$ 400 por semana.
As outras três ações que Trump assinou no sábado incluem um memorando para adiar certas obrigações fiscais sobre a folha de pagamento, um memorando para adiar os pagamentos de empréstimos estudantis e uma ordem executiva para restabelecer a moratória federal sobre despejos, que também expirou no final de julho.
Mark Zandi, economista-chefe da Moody's Analytics, escreveu em uma análise gratuita que as ordens de Trump "ficam muito aquém do que é necessário para evitar a perda de novos empregos e o aumento do desemprego".
De acordo com seus cálculos, as ordens podem oferecer cerca de US$ 400 bilhões no total, o que é pouco para mudar qualquer coisa.
Em conversa com a Bloomberg, Zandi disse acreditar que o fracasso em aprovar um pacote de estímulo fiscal suficiente fará com que os EUA voltem à recessão econômica.
O economista do JPMorgan Chase, Michael Feroli, escreveu: "Se isso for tudo o que conseguiremos em termos de política fiscal para o resto do ano, representaria um risco significativo de queda para nossa perspectiva de crescimento."
Feroli acredita que a decisão de Trump de contornar o Congresso "poderia reduzir a urgência para que o Congresso e a Casa Branca concluam um acordo mais abrangente".
A economia americana encolheu a um ritmo anual de 32,9% no segundo trimestre, o pior trimestre já registrado.