Especialistas e autoridades chinesas e africanas de alto nível pediram na terça-feira um maior fortalecimento dos laços China-África na luta contra a pandemia de COVID-19 na África.

Eles fizeram o apelo durante uma resposta conjunta virtual de alto nível China-África à reunião da pandemia de COVID-19, que juntou especialistas e funcionários de ambos os lados, incluindo funcionários da Comissão da União Africana (UA) e da Comissão Econômica das Nações Unidas para África (UNECA), Centros Africanos para Controle e Prevenção de Doenças (CDC África), assim como funcionários da China e de outros países africanos.

O vice-presidente da Comissão da UA, Kwesi Quartey, na reunião virtual de alto nível destacou a importância da solidariedade China-África na luta contra a pandemia.

A Comissão da UA agradece à China pelo apoio e empenho contínuos na construção dos vínculos necessários com a África para o controle e prevenção de doenças no continente, especialmente a pandemia de COVID-19, disse o vice-presidente.

Reconhecendo os esforços da China em conter com sucesso o surto de COVID-19 local, Quartey também enfatizou que o apoio do governo e das empresas chinesas "foi um impulso para os esforços nacionais e continentais na luta contra COVID-19".

Quartey, que observou que o número de casos de COVID-19 está aumentando rapidamente na África, também enfatizou que os esforços da África na luta contra a pandemia estão sendo afetados pela falta de instalações médicas adequadas em todo o continente.

O vice-presidente também enfatizou que o plano da China de começar antes do previsto a construção da sede do CDC África este ano é "mais uma vez um testemunho do compromisso renovado dos líderes africanos e chineses para uma forte parceria e amizade entre a África e a China na saúde pública".

O embaixador da China na UA, Liu Yuxi, também destacou que no momento difícil da luta da China contra a pandemia, a UA e os países africanos enviaram um apoio valioso e forneceram assistência financeira e material à China enquanto eles próprios se encontravam em dificuldades.

"Após o surto na África, a China assumiu a liderança para prestar assistência e manteve-se firme com o povo africano", disse o embaixador chinês, acrescentando que a China enviou equipes de especialistas médicos antipandêmicos para 11 países africanos, despachou assistência material para países africanos e a UA, realizou videoconferências de especialistas com o lado africano e realizou intercâmbios de diagnóstico e técnicos sem reservas.

"A China defende ativamente a comunidade internacional aumente seu apoio contra a pandemia na África", disse Liu.

Observando que este ano marca o 20º aniversário do estabelecimento do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), o embaixador observou que, nos últimos 20 anos, a cooperação prática China-África em vários campos tem feito continuamente novos progressos, intercâmbios de alto nível China-África e confiança política mútua também alcançaram novos patamares.

O embaixador da África do Sul na Etiópia e assim como na UA e UNECA, Edward Makaya, também enfatizou a necessidade de fortalecer ainda mais a parceria China-África em face da pandemia de COVID-19 em andamento, principalmente através da implementação bem-sucedida de áreas de cooperação mutuamente acordadas.

"É fundamental reconhecer o espírito de cooperação e solidariedade que caracteriza a relação entre a África e a China, porque esta cooperação e solidariedade histórica foi demonstrada na luta contra a pandemia de COVID-19", disse o enviado sul-africano no encontro.

Observando a importância de uma cúpula extraordinária China-África sobre o combate ao COVID-19 por meio de um link de vídeo, realizada em junho, Makaya enfatizou a necessidade de implementar todos os resultados da cúpula.

A secretária-executiva da UNECA, Vera Songwe, também ecoou as observações de Quartey ao enfatizar a importância da cooperação China-África na luta contra a pandemia de COVID-19.

Observando que a pandemia de COVID-19 é mais do que uma crise de saúde, pois também é uma crise econômica que afetou a comunidade global, Songwe também enfatizou uma maior colaboração entre a comunidade global na resposta à crise.

Na terça-feira, o número de casos confirmados de COVID-19 em todo o continente africano ultrapassou 1,05 milhão, enquanto o número de mortos aumentou para 23.582, de acordo com o CDC África.