Controlo e prevenção de epidemia de Wuhan com resultados positivos

Fonte: Diário do Povo Online    06.02.2020 14h57

Diário do Povo

Ações resolutas estão sendo tomadas para conter a epidemia.

No dia 23 de janeiro, pelas 2h00 da manhã, o centro de controlo epidemiológico da cidade de Wuhan emitiu a circular nº1, a qual decretou que, com início às 10h do dia 23 de janeiro, as operações dos ônibus, metrô, ferry e serviços de passageiros de longa distância ficariam suspensos. Os cidadãos passaram a estar impedidos de sair de Wuhan sem um motivo forte. Aeroportos e estações ferroviárias foram temporariamente encerradas.

Até à bem pouco tempo, Wuhan era considerada o “ponto de cruzamento de 9 províncias”, mas estes dias a cidade deixou de ter a azáfama que a caracteriza. Mais de 9 milhões de pessoas ali permanecem, mas o dia a dia tem várias mudanças.

“Chefe, cancelei os planos do meu casamento. Eu posso ficar em Wuhan durante o Festival da Primavera. Enviem-me para uma clínica de pacientes com febre!”.

Naquela noite, uma enfermeira recém recrutada no departamento de medicina tradicional chinesa do Hospital Tongji, subordinado à Universidade Huazhong de Ciência e Tecnologia, iniciou a carreira com um grande desafio.

No dia 23 de janeiro, antes do amanhecer, a rua Luogui estava deserta. Um vulto laranja, contudo, varria vigorosamente o chão. Li Lanping, cantoneira, disse que face à situação de epidemia, os trabalhos sanitários não podiam parar. Ela levantou-se às 4 da manhã e trabalhou continuamente até às 8h. “Se estiver tudo limpo, é mais fácil combater a epidemia!”.

Liu Wuqiao, um polícia de tráfego, permaneceu a serviço na Estação Ferroviária de Wuchang, no dia 24 de janeiro, véspera do Ano Novo Chinês.

A falta de movimento nas estações deixaram-no desconfortável, confessa, “mas reduzir o fluxo de pessoas nesta altura é o maior contributo para Wuhan. Com ou sem pessoas, temos de permanecer nos nossos postos”.

Liu, juntamente com os colegas está responsável pelo controlo de temperatura das pessoas que por ali passam.

Embora as ruas da cidade estejam desertas, há ainda a necessidade de comprar mantimentos para cozinhar em casa. Qiu Jun, uma moradora da rua Zhangzhidong, visitou o supermercado Hema Xiansheng no dia 24 de janeiro para comprar fruta e legumes. Os preços mantêm-se inalterados, com a variedade de sempre. “Hoje o jantar será em casa, vim aqui para comprar alguns ingredientes”, afirmou.

O despoletar do surto levou à mobilização geral de médicos especializados em patologias pulmonares dos quatro cantos da China. Até à data, 68 equipes médicas, incluindo membros do exército, compostas por mais de 8,310 especialistas provenientes de 29 províncias, rumaram a Hubei.

De modo a resolver o problema da inconveniência para os cidadãos viajarem, a cidade de Wuhan solicitou com urgência 6,000 táxis, alocando-os para a zona urbana, com 3-5 táxis responsáveis por oferecer viagens gratuitas a cada comunidade. Os táxis atribuem prioridade ao staff médico, pacientes com febre, e serviços de entrega ao domicílio como refeições, medicamentos, entre outras tarefas de primeira necessidade.

Os responsáveis governamentais pela gestão comunitária têm realizado chamadas telefônicas para averiguar a situação dos moradores relativamente a sintomas ou possíveis anomalias. Estes funcionários permanecem contactáveis 24h por dia, facultando apoio em caso de emergência.

Durante este período a entreajuda e solidariedade entre todos os moradores da cidade têm sensibilizado todo o país, que se solidarizou com a situação dramática, deixando a esperança de que, com o apoio de todos, será possível conter esta epidemia o quanto antes.

(Web editor: Renato Lu, editor)

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