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UE estabelece posição sobre acordo pós-Brexit com Reino Unido

Fonte: Xinhua    06.02.2020 14h45

 

Bruxelas, 3 fev (Xinhua) - A União Europeia (UE) enfatizará o conceito de "condições equitativas" durante as próximas negociações com o Reino Unido (UK) sobre uma futura parceria abrangente, disse na segunda-feira o negociador-chefe da UE, Michel Barnier.

"Teremos dois mercados separados em vez de um único mercado", disse Barnier em entrevista coletiva. Ele disse que as regras alfandegárias serão aplicadas entre os dois lados e o acesso ao novo mercado poderá estar sujeito a certificação, autorização e supervisão de mercado.

"Isso significa, por exemplo, que os fornecedores de serviços financeiros do Reino Unido não terão mais os direitos de passaporte", elaborou ele.

"Direitos de passaporte" se referem aos direitos que permitem que empresas e prestadores de serviços financeiros operem em qualquer país da UE ou do Espaço Econômico Europeu (EEE) sem estar sujeitos a autorização adicional de cada país.

O comércio de bens e serviços estará sujeito a verificações regulatórias, já que todas as importações de bens ou serviços fornecidos na UE deverão cumprir as regras da UE, afirmou ele.

Como o Reino Unido optou por deixar a UE no dia 31 de janeiro de 2020, o país deixou o mercado único e a união aduaneira também.

Os 27 países membros restantes da UE concordaram em negociar um acordo comercial com o Reino Unido até o final de 2020. Enquanto a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que era impossível resolver todos os detalhes dentro desse prazo, a lei do Reino Unido proíbe a extensão do período de transição.

Na segunda-feira, Barnier propôs diretrizes abrangentes de negociação, cobrindo áreas como comércio, cooperação judicial, política externa, segurança e defesa.

As diretrizes devem ser formalmente apresentadas ao Conselho da UE, que autorizará a Comissão Europeia a iniciar negociações.

"Agora é hora de começar a trabalhar. O tempo é curto. Vamos negociar de maneira justa e transparente, mas defenderemos os interesses da UE e os de nossos cidadãos, até o fim", disse von der Leyen.

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