Uma médica de uma unidade do Exército de Libertação Popular (ELP) acena ao chegar no Aeroporto Internacional Tianhe de Wuhan, na província de Hubei, no domingo (2). Oito aeronaves do ELP desembarcaram com um total de 795 membros e 58 toneladas métricas de suprimentos necessários. (Chen Xiaodong/Para China Daily)
Um hospital de mil leitos em Wuhan, província de Hubei, começará a receber pacientes com pneumonia altamente contagiosa na segunda-feira (3), menos de dez dias após o início da construção.
A nova facilidade aliviará a falta de leitos na cidade, resultado do número crescente de pacientes infectados com o novo coronavírus.
A equipe médica do ELP assumirá o novo Hospital Huoshenshan, com previsão para começar a receber e tratar um total de 1.400 pacientes já nesta segunda-feira.
Um segundo hospital especial para o tratamento do novo coronavírus, o Hospital Leishenshan, está em construção em Wuhan. Espera-se que seja concluído na quarta-feira (5) e comece a receber pacientes no dia seguinte.
A assistência militar foi aprovada pelo presidente Xi Jinping, que também é secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China e presidente da Comissão Militar Central.
O Hospital Huoshenshan, com uma área de 25.000 metros quadrados, tratará principalmente de doentes confirmados com a infecção do coronavírus. É uma cópia do Hospital Xiaotangshan de Beijing, que foi construído em sete dias no subúrbio de Beijing em abril de 2003 durante o surto de síndrome respiratória aguda grave. Seu objetivo era exclusivamente tratar pacientes com SARS, e desempenhou um papel fundamental na prevenção e controle da doença mortal.
A construção do Hospital Huoshenshan, nos subúrbios de Wuhan, começou formalmente em 25 de janeiro para lidar com o número crescente de pessoas infectadas com o coronavírus. No auge do projeto de construção em massa, mais de 4.000 trabalhadores e cerca de 1.000 máquinas de construção e caminhões estavam no local.
A maioria dos 1.400 integrantes da equipe médica que tratará pacientes no hospital são provenientes de hospitais administrados pela Força Logística Conjunta do ELP, com outros da Universidade Médica da Força Terrestre do ELP, Universidade Médica da Marinha do ELP e Universidade Médica da Força Aérea do ELP.
Quinze especialistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças do ELP e do Instituto Médico Militar da Academia do ELP de Ciências Militares se juntarão a eles para oferecer consulta profissional.
Muitas pessoas envolvidas nesta operação, a maior mobilização das forças médicas do ELP desde o terramoto devastador na província de Sichuan em maio de 2008, são experientes no tratamento de doenças infecciosas porque participaram em lutas contra o surto de SARS de 2003 na China e a epidemia de Ebola no oeste da África em 2014.
Desde o aparecimento do novo coronavírus em Wuhan, em dezembro, as infecções têm aumentado por toda a China. Foram igualmente comunicados novos casos em outros países.
O número de casos confirmados subiu para 14.380 no continente chinês no sábado (1º), incluindo 304 mortes, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde. Hubei, a província mais duramente atingida pelo surto, relatou 9.074 casos confirmados no sábado, incluindo 294 mortes, disse a comissão de saúde provincial no domingo (2) de manhã.
Em Wuhan, o número de casos confirmados chegou a 4.109 no sábado, contando com quase trinta por cento de todos os casos no continente chinês.
