As fortes medidas do governo chinês para controlar o contágio do novo coronavírus têm sido alvo de elogio em todo mundo, com vários especialistas destacando que os esforços conjuntos da comunidade internacional são cruciais para debelar esta ameaça global.
Em um relatório emitido pelo Instituto de Estudos Internacionais de Shanghai (SIIS, em inglês), a 31 de janeiro, Chen Dongxiao, o presidente da instituição, destacou que na era da globalização, epidemias como a do coronavírus 2019-nCov se tornaram ameaças para a humanidade, requerindo esforços conjuntos de toda a comunidade internacional.
“Este é um tempo para fatos, não para medo. É um tempo para a ciência, não para rumores. É uma altura para solidariedade, não para estigmas”, disse Chen, citando o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesuson.
De acordo com Chen, apesar dos obstáculos enfrentados pela China, o governo tomou fortes medidas, incluindo a quarentena de Wuhan e de outras áreas-chave, as quais são medidas mais eficientes para impedir que a epidemia se espalhe a outras províncias chinesas ou, pior, a outras partes do mundo.
Ele salientou ainda que, sob a liderança do governo central da China, juntamente com esforços dos governos locais e de toda a sociedade, o sistema nacional de gestão de emergências está começando a produzir resultados.
Apesar dos resultados positivos, Chen advertiu que a batalha contra o novo coronavirus poderá ter um impacto fortemente negativo na China e na economia mundial no curto prazo, dadas as circunstâncias da transformação econômica e os cenários político e econômico globais.
No entanto, especialistas do SIIS acreditam que a economia chinesa irá manifestar uma forte resiliência. Com o apoio da comunidade internacional, consideram, o povo e governo chineses irão conseguir superar a epidemia e a economia do país permanecerá robusta.
O surto do coronavírus se tornou uma preocupação partilhada por todo o mundo. Desde os primeiros contágios diagnosticados em Wuhan, em dezembro de 2019, o novo coronavírus tem vindo a se alastrar a uma velocidade acima da expectativa dos profissionais médicos.
Como resposta, o governo chinês decretou a quarentena da cidade de Wuhan a 23 de janeiro de 2020. Um total de 31 províncias e municípios, incluindo Beijing e Shanghai, tomaram também medidas de resposta a esta crise de saúde pública.
A comunidade internacional tem vindo a seguir de perto às medidas adotadas pela China para conter a epidemia. Na noite de 30 de janeiro, a OMS declarou a epidemia do 2019-nCov uma “emergência de saúde pública de interesse internacional”.