A China apresentou uma queixa na segunda-feira à OMC, relativamente às tarifas propostas pelos EUA de 200 bilhões sobre as importações chinesas, segundo um comunicado do Ministério do Comércio.
A queixa surge após a recente manifestação de desagrado que o ministério apresentou junto da OMC, aquando da aplicação de 34 bilhões de dólares em tarifas por parte dos EUA sobre produtos chineses.
As tarifas surgem com base na secção 301 do Ato Comercial de 1974, a lei comercial doméstica dos EUA.
“O início de uma guerra comercial unilateral dos EUA não tem uma base legal internacional”, anunciou o ministério na semana passada.
Os EUA lançaram unilateralmente uma investigação contra a China no ano passado, apesar do desagrado chinês e da comunidade internacional.
A investigação foi emitida em março, tendo sido posteriormente impostas tarifas de 34 bilhões de dólares sobre produtos chineses a 6 de julho, apesar da intensa oposição que tal medida acarretou.
“As tarifas dos EUA são tipicamente unilaterais, protecionistas e apologistas do bullying comercial. São uma violação clara do princípio básico da OMC do tratamento da nação mais favorecida, bem como do espírito básico e dos princípios da lei internacional”, anunciou o ministério.
Wan Zhe, economista chefe do Centro de Cooperação Internacional da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, disse que a verdadeira intenção do governo dos EUA seria de iniciar conflitos internacionais com outros países para distrair as atenções das suas contradições internas, tais como o fosso na distribuição de riqueza e perda de empregos.
Perante tal cenário, o que a China deve fazer é continuar a promover a sua reforma e abertura económica, e trabalhar com o resto do mundo em prol do livre comércio e do multilateralismo, disse Wan durante um seminário recente.