A República Popular Democrática da Coreia (RPDC) e os EUA realizaram conversações no domingo para discutir a repatriação dos restos mortais de soldados americanos mortos durante a Guerra da Coreia, segundo a agência de notícias Yonhap.

As delegações, lideradas por oficiais militares, deverão discutir quando e como repatriar os restos mortais dos soldados americanos mortos na Guerra da Coreia, a qual terminou com um armistício, e não com um tratado de paz.

Pyongyang e Washington originalmente planejaram abordar este assunto na quinta-feira, mas foram atrasados pela RPDC devido à necessidade de mais tempo de preparação.

Esta ocasião assinala a primeira conversa de questões militares entre o comando da ONU, liderado por um general dos EUA, e pela RPDC desde março de 2009.

O presidente estadunidense Donald Trump e o líder da RPDC, Kim Jong-un estabeleceram um acordo de repatriação dos restos mortais durante a sua cimeira de 12 de junho em Singapura.

As recentes conversações tiveram início na vila fronteiriça de Panmunjom, segundo a agência Yonhap.

Imagens televisivas apresentaram veículos com matrículas do exército norte-americano, sendo que se acredita que estes transportavam oficiais militares para a fronteira.

Dezenas de caixões de madeira com os restos mortais dos soldados americanos foram alegadamente transportados até ao lado sul coreano da fronteira nas últimas semanas.

O Pentágono anunciou que os oficiais da RPDC afirmaram no passado deterem os restos mortais de cerca de 200 soldados americanos. No entanto, um oficial militar estadunidense familiarizado com esta matéria, disse no mês passado que não era claro o que a RPDC iria entregar.

Entretanto, o secretário de Estado Americano, Mike Pompeo, visitou Pyongyang no início do mês para discutir os detalhes do acordo de desnuclearização assinado por Kim e Trump, tendo reunido com o braço direito do líder norte-coreano.

Pompeo insistiu que as conversações entre os dois lados estavam avançando. Contudo, a RPDC mais tarde criticou os seus pedidos “unilaterais de gangster”.

Trump expressou na quarta-feira o seu otimismo, ao desvelar uma carta de Kim, na qual o líder norte-coreano exalta o “início de uma jornada significativa”, escrevendo “grande progresso sendo realizado!”.