China refuta críticas dos EUA sobre comércio injusto

Fonte: Xinhua    17.07.2018 08h36

Beijing, 17 jul (Xinhua) -- A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, disse nesta segunda-feira que o protecionismo não pode proteger aqueles que o adotam e o unilateralismo prejudicará os interesses de todos no mundo de hoje, onde todos os países são interdependentes com um destino compartilhado.

Hua deu as declarações ao refutar o Comunicado pelo Representante de Comércio dos Estados Unidos sobre Ação da Seção 301 divulgado em 10 de julho, que acusou a China de ganhar uma vantagem extra por práticas comerciais injustas.

Ela lembrou que o Ministério do Comércio da China divulgou um comunicado na última quinta-feira, no qual aponta que o documento dos Estados Unidos é uma distorção de fatos e, assim, infundado.

Ela assinalou que os Estados Unidos são o principal criador de regras do comércio do mundo e o dólar norte-americano é a principal moeda de liquidação do comércio internacional, enquanto a China é um retardatário no comércio mundial e um seguidor das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).

"Alguém acredita que um criador de regras faria regras que apenas beneficiam outros, não si mesmo?" Hua perguntou.

Ao longo dos últimos 40 anos, a escala do comércio China-EUA aumentou mais de 230 vezes, com o volume total de comércio entre os dois países atingindo US$ 600 bilhões no ano passado, apontou Hua. Ela acrescentou que isso é resultado das cooperações econômicas e comerciais de benefício mútuo entre os dois países.

"Todos sabem que empresários não comercializam com prejuízo. Os Estados Unidos têm perdido dinheiro ao fazer negócios com a China nos últimos 40 anos? Será que os Estados Unidos podem pedir a suas empresas que têm negócios de longo prazo com a China para fazerem um comunicado justo?"

A China hoje se tornou o maior parceiro comercial de mais de 120 países e regiões, o principal mercado de exportações que cresce mais rapidamente, e também um país em desenvolvimento que atrai o maior investimento estrangeiro no mundo, destacou Hua. Ela lembrou também que no ano passado o país asiático atraiu o segundo maior investimento estrangeiro do mundo.

"Tantos países escolhem continuar a fazer negócios com a China com prejuízo?" Hua perguntou.

Ela salientou que desequilíbrios comerciais não são iguais à injustiça comercial, dizendo que a justiça significa que todas as partes fazem regras globais por meio de consultas iguais, em vez de se basear nos próprios interesses de um determinado país ou até às custas dos interesses de outros países.

(Web editor: Juliano Ma, editor)

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