Houston, 12 jul (Xinhua) -- Visto que a economia mundial está altamente interligada em uma cadeia de suprimentos, a escalada de tarifas dificultará a economia mundial, da qual ninguém poderá escapar, disse à Xinhua um especialista norte-americano na terça-feira.
Michael D. Maher, alto conselheiro do programa do Centro de Estudos de Energia do Instituto Baker para Políticas Públicas, da Universidade Rice, fez as declarações ao comentar a recente tensão comercial entre os Estados Unidos e a China.
Ele apontou que "comprimir a capacidade das exportações chinesas para os EUA pode na realidade comprimir as empresas domésticas (dos EUA), porque isso faz parte de sua cadeia de suprimentos".
Washington anunciou na sexta-feira uma tarifa adicional de 25% sobre US$ 34 bilhões de importações provenientes da China.
Na mais recente escalada de sua ofensiva comercial contra Beijing, os EUA afirmaram na terça-feira que imporão tarifas de 10% sobre outros US$ 200 bilhões de importações chinesas.
A administração de Trump também está impulsionando tarifas contra outros países.
Maher disse que os limites da economia doméstica de um país se tornaram indistintos com o desenvolvimento da globalização econômica.
"Não existe uma empresa puramente nacional ou estrangeira. Todos elas estão entrelaçadas", destacou o especialista do grupo de pesquisadores sediado em Houston e um centro apartidário para pesquisa de políticas públicas.
Segundo ele, em vez de proteger sua própria economia doméstica, os Estados Unidos deveriam prestar mais atenção à economia global que é maior e interdependente.
"Nosso futuro está ligado não só ao nosso mercado nacional, mas ao mercado global. Então, se houver problemas, vamos negociar."
Ele enfatizou que o sistema do comércio global nos últimos 40 a 50 anos aumentou muito o crescimento econômico global, mas as medidas tarifárias unilaterais vão derrubar isso e, ao mesmo tempo, desacelerar o crescimento econômico.
"O comércio global une as pessoas, não as separa", acrescentou.