Beijing, 6 jul (Xinhua) -- Os laços econômicos China-EUA têm estado sob o holofote mundial este ano depois que o país norte-americano iniciou disputas comerciais e medidas protecionistas contra seus importantes parceiros comerciais, incluindo a China.
Entender o quão próximos são os laços econômicos China-EUA e os enormes benefícios para ambos os lados nas últimas décadas ajudará a avaliar o dano que uma guerra comercial teria para as pessoas dos dois países.
Seguem alguns importantes fatos e números sobre os laços econômicos bilaterais:
-- Em 2017, o comércio bilateral aumentou 15,2% em termos anuais. As exportações chinesas para os EUA cresceram 14,5%, ritmo ultrapassado pela expansão de 17,3% nas importações chinesas do país.
-- A China é o maior parceiro comercial dos EUA, enquanto esse país é o segundo maior da China. O comércio bilateral saltou para US$ 583,7 bilhões em 2017, a partir dos US$ 2,5 bilhões em 1979, quando estabeleceram laços diplomáticos.
-- A China recebe 26% das aeronaves Boeing exportadas pelos EUA, 56% das sojas, 16% dos automóveis, 15% dos produtos agrícolas e 15% dos circuitos integrados.
-- A estrutura do comércio bilateral está melhorando gradualmente. Na última década, as exportações dos EUA para a China aumentaram cerca de 11% anualmente em média, enquanto as de sentido contrário cresceram apenas 6,6%.
-- Embora o país asiático ainda tenha um superavit comercial com os EUA, não quer dizer que a China se beneficia enquanto os EUA perdem. Cerca de 40% do superavit comercial são, na realidade, gerados pelas companhias norte-americanas na China. Em 2017, as exportações do país norte-americano à China criaram cerca de um milhão de empregos para os EUA.
-- O comércio dos EUA com a China economizou para cada família americana até US$ 850 em média por ano, ou cerca de 1,5% da renda familiar média dos EUA em 2015, de US$ 56.500.
-- Segundo uma pesquisa conduzida pela Câmara de Comércio Americana na China, 64% de suas companhias-membros registraram crescimento na receita em 2017, ante os 58% em 2016 e 55% em 2015. Quase 75% dos respondentes informaram que estavam com lucros, a mais alta proporção em três anos.
-- As estatísticas do Departamento de Análise Econômica dos EUA mostraram que as vendas das empresas norte-americanas na China somaram cerca de US$ 372 bilhões em 2015, dos quais cerca de US$ 223 bilhões foram por suas subsidiárias na China e US$ 150 bilhões por exportações dos EUA à China.
-- Os EUA vêm mantendo um superavit no comércio de serviços com a China, que saltou mais de 30 vezes de 2006 a 2016. No mesmo período, o comércio de serviços bilateral apenas triplicou. Em 2017, esse superavit atingiu US$ 54,1 bilhões.
-- As viagens e turismo respondem por 61% de todas as exportações de serviços dos EUA para a China, segundo um relatório compilado pelo Departamento Nacional de Viagem e Turismo dos EUA. Cerca de 2,97 milhões de turistas chineses viajaram aos EUA em 2016, gastando US$ 33 bilhões.
-- A China responde pela mais alta porcentagem dos estudantes estrangeiros nas universidades dos EUA há oito anos consecutivos, desde o ano letivo 2009-2010. Em 2017-2018, elas têm 350.755 chineses matriculados, um aumento anual de 6,8%.
