Cidade do Cabo, 17 jul (Xinhua) -- O BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, é uma força importante para a cooperação de benefício mútuo e a democratização das relações internacionais, disse recentemente o embaixador chinês na África do Sul, Lin Songtian.
Lin deu as declarações em um fórum organizado em conjunto pelo Instituto dos Assuntos Internacionais da África do Sul e a Câmara de Comércio e Indústria da Cidade do Cabo.
A China está esperando ansiosamente por um futuro com melhora significativa na vida da maioria das pessoas do mundo que seria promovida pelo BRICS, apontou o embaixador chinês.
Lin destacou as conquistas do grupo, destacando que o investimento estrangeiro direto dos países do BRICS contribuiu com um aumento fenomenal de 50% para o crescimento econômico mundial.
Como os líderes dos países membros planejam se reunir em Joanesburgo no fim deste mês para sua 10ª cúpula, Lin prevê que a segunda década de ouro das cooperações do BRICS será uma "plataforma importante para a cooperação de benefício mútuo pelo desenvolvimento comum".
Ele frisou que a China está tentando trazer o mundo a uma direção que é guiada pelo princípio de interesses comuns e um "futuro compartilhado para a humanidade".
"Os países do BRICS devem enviar ao mundo um sinal de justiça, Estado de direito, igualdade e interesses comuns", salientou o embaixador.
Ele avalia que isso seria feito dentro do contexto da "segunda década de ouro da cooperação", em que a China está disposta a trabalhar com a comunidade internacional para um futuro melhor e compartilhado, dentro de "um regime de governança global justo e equitativo".
O embaixador ressaltou que a situação internacional atual passou por profundas mudanças, já que certas superpotências vêm buscando o unilateralismo, o protecionismo e o interesse próprio. Diante da situação tão complicada, a intensificação das cooperações do BRICS é particularmente importante e essencial, opinou.
O embaixador também falou sobre os progressos significativos alcançados por seu país, as imensas possibilidades de desenvolvimento de infraestrutura na África e os laços específicos que unem a China e a África do Sul.
Lin destacou que não há "promessas vazias" nas relações da China com a África, que estão concretamente ligadas a 10 grandes planos subscritos pelo governo chinês.
Ele citou o exemplo da Etiópia, onde uma ferrovia e um corredor de desenvolvimento industrial, construídos com a ajuda da China, contribuíram com 10% do crescimento do Produto Interno Bruto do país africano em quatro anos.
Lin assinalou que a China foi o maior parceiro comercial da África do Sul nos últimos nove anos, e o país asiático tem uma expectativa positiva sobre as perspectivas do desenvolvimento da África do Sul.
O embaixador também apontou que há uma grande oportunidade de cooperação econômica com a África do Sul em vários setores.
A China e a África do Sul têm um grande potencial para fortalecer as relações, lembrou.
"Precisamos uns dos outros e temos que nos respeitar mutuamente para a cooperação ganha-ganha para o desenvolvimento comum", concluiu.