China espera que Japão “se abstenha de ir longe demais no caminho errado”, diz porta-voz

Fonte: Diário do Povo Online    13.07.2016 14h03

BEIJING, 13 de jul (Diário do Povo Online) – O porta-voz da chancelaria chinesa, Lu Kang, asseverou que a China espera que o Japão possa cessar a sua interferência e especulação sobre a questão do Mar do Sul da China, tendo em consideração as relações sino-japonesas e a paz e estabilidade da região, se abstendo assim de ir longe demais no caminho errado. Os comentários surgiram fruto de questões levantadas pelos jornalistas sobre a posição do ministro japonês das Relações Exteriores em relação à sentença final da arbitragem do Mar do Sul da China. 

Quanto à decisão do tribunal de arbitragem, o ministro japonês das Relações Exteriores disse que esta fora o veredito final e que é juridicamente vinculativa para os países envolvidos, esperando que estes acarretem a decisão. Os repórteres perguntaram a Lu Kang qual comentário da China sobre isso.

Lu Kang respondeu que a China já tomou conhecimento da posição do Japão relativamente à questão. Segundo Lu, o governo filipino de Benigno Aquino III apresentou e promoveu unilateralmente o caso de arbitragem do Mar do Sul da China, com o objetivo de negar a soberania territorial e os interesses marítimos da China no Mar do Sul da China, ocultando fatos da sua ocupação ilegal do território chinês.

De acordo com o porta-voz, é do conhecimento geral que o tribunal de arbitragem foi organizado principalmente pelo ex-juiz chefe japonês do Tribunal Internacional do Direito do Mar, Shunji Yanai. Ele também preside ao simpósio do sistema jurídico da lei de segurança para auxiliar Shinzo Abe a levantar o embargo do direito de auto-defesa colectiva e desafiar a ordem internacional decretada após a Segunda Guerra Mundial.

Deste modo, o tribunal de arbitragem foi politizado desde o início. A sua fundação não tem legitimidade e os seus “veredictos”, assim chamados, são ilegais e inválidos. A China mostrou sua posição firme em várias ocasiões de não aceitar nem participar do caso de arbitragem, e não aceitar nem reconhecer a sua suposta “sentença”, acrescentou Lu.

Segundo o porta-voz, o Japão tem conhecimento da história da questão do Mar do Sul da China. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Japão ocupou as Ilhas no Mar do Sul da China. Após a derrota do Japão, a China recuperou esses territórios, o que foi claramente definido nos documentos internacionais sobre a ordem mundial pós-guerra, tais como a Declaração do Cairo e a Proclamação de Potsdam. O Japão prometeu também cumprir com as disposições da Proclamação de Potsdam. O Japão deve, por isso, respeitar a ordem internacional pós-guerra, afirmou Lu.

(Editor:Chen Ying,editor)

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