A China disse nesta terça-feira ter realizado com sucesso voos-testes para dois novos campos de pouso nas Ilhas Nansha, localizadas no Mar do Sul da China.

Um jato corporativo Cessna CE-680 do Centro de Inspeção de Voos da Administração da Aviação Civil realizou os voos para os aeródromos nos Recifes Meiji e Zhubi, anunciou a Administração em seu site.

"Os dados adquiridos a partir dos voos mostram que os dois novos aeródromos são capazes de garantir voos seguros para os aviões comerciais", disse a Administração em nota.

"Isso vai facilitar o transporte de pessoal, resgate de emergência e ajuda médica nas ilhas Nansha, e irá fornecer aeroportos alternativos para os voos sobre o Mar do Sul da China."

Até agora, Beijing anunciou a construção de três aeroportos nas Ilhas Nansha, bem como um em Yongxing, nas Ilhas Xisha.

Os voos de terça-feira ocorreram seis meses depois dos voos-testes bem-sucedidos com dois aviões comerciais que pousaram em um campo de pouso no Recife Yongshu das Ilhas Nansha no dia 6 de janeiro.

No dia 17 de abril, um avião de patrulha da Marinha desembarcou no Recife Yongshu para transportar três trabalhadores gravemente doentes para a ilha de Sanya, na província chinesa de Hainan.

Yin Zhuo, diretor de Comitê Consultivo de Especialistas da Marinha do Exército Popular de Libertação, disse que os aeródromos das Ilhas Nansha serão úteis para ajudar a China a realizar salvamentos no mar do Sul da China.

"A China vai atracar navios de resgate de grande porte e aviões de resgate nas Ilhas Nansha. Quando houver um desastre marítimo, as forças de resgate serão rapidamente mobilizadas."

Huang Renwei, vice-presidente da Academia de Ciências Sociais de Shanghai, disse em Washington no dia 06 de julho que o mar tem de ser totalmente coberto por radar para garantir a segurança da navegação aérea ou marítima.

Os aeroportos chineses servirão de portos seguros para aviões internacionais quando as tempestades se aproximarem, disse ele.

"Os esforços da China para fornecer bens públicos que protejam a segurança no Mar do Sul da China não podem ser igualados por qualquer outro país", disse Huang.

Edição: Rafael Lima