Isenção de visto estimula turistas latino-americanos a explorar China

Fonte: Xinhua    18.06.2025 13h31

Caminhando pela Nanjing Road, no Município de Shanghai, leste da China, Ricardo Geraldini não conseguia parar de tirar fotos com seu celular, fascinado pela energia vibrante e pela paisagem urbana deslumbrante ao seu redor.

Geraldini, funcionário da filial da ByteDance em São Paulo, no Brasil, disse que se sente seguro em Shanghai e que na cidade tudo parece funcionar com muita tecnologia. "É apenas meu segundo dia aqui e estou gostando muito da cidade."

Apenas dois dias antes de entrevista para o visto chinês que ele havia marcado no consulado, Geraldini soube da nova política de isenção de visto entre a China e o Brasil, uma surpresa que mudou seus planos de viagem instantaneamente. "Isso tornou tudo muito mais fácil", disse Geraldini.

Desde que a China ampliou a política de isenção de visto para incluir cidadãos do Brasil, Chile, Argentina, Peru e Uruguai a partir de 1º de junho, o país está recebendo um número maior de viajantes desses países. Desde visitar locais emblemáticos até procurar os populares brinquedos Labubu nas lojas locais, eles têm buscado experiências imperdíveis.

Neste ano, a Ctrip, uma das principais plataformas online de viagens da China, registrou um aumento de 168% nas solicitações de turismo receptivo da Argentina, enquanto as provenientes do Brasil e do Chile registraram um aumento de mais de 80%.

Para Mateo Serrano, um jovem viajante da Argentina, a nova política de isenção de visto finalmente o motivou a fazer a viagem que há muito tempo planejava. "Quando ouvi a notícia, postei imediatamente no Instagram", lembrou ele.

Tendo estudado chinês por anos, Mateo estava ansioso para praticar a língua durante sua visita. "Sempre quis andar pelas ruas de Shanghai e usar meu chinês com os moradores locais. É ótimo estar aqui", compartilhou ele enquanto visitava lojas de souvenirs perto do Jardim Yuyuan.

Não muito longe dali, apenas cinco horas após chegarem à China, o viajante brasileiro Fabrício Alves e sua colega Kesiane Silva já estavam explorando uma pequena viela, escolhendo pingentes de miçangas em uma barraca de rua para fazer pulseiras personalizadas.

Ao mesmo tempo, Fernando Ordaz, nascido no México, que estudou na China por cinco anos e agora trabalha em Shanghai, recebeu sua família que estava visitando o país pela primeira vez. "Meus pais e minha irmã mais nova chegaram na semana passada. Eles sempre quiseram conhecer a cidade onde moro", disse Fernando.

Fernando levou sua família ao Bund, ao horizonte de Lujiazui e aos lugares escondidos de comida local que só os moradores de longa data conhecem. "Pude compartilhar com eles meu Xiaolongbao (bolinhos de sopa cozidos no vapor) favorito", disse ele com um sorriso. "Ver minha família saboreá-los pela primeira vez tornou essa visita ainda mais especial", acrescentou.

De acordo com Qin Jing, vice-presidente da Ctrip, a política de isenção de visto atuará como um poderoso catalisador para aprofundar o intercâmbio cultural e o entendimento mútuo entre a China e esses países latino-americanos. "Podemos esperar que o mercado de turismo de entrada dê início a um novo padrão dinâmico e recíproco no futuro próximo", disse Qin.

Geraldini também observou o quanto a China evoluiu e vem chamando cada vez mais atenção no Brasil, dizendo que todos os brasileiros que conhece e que já visitaram a China voltaram impressionados. "Minha esposa já pediu para ir comigo à China na próxima vez", disse ele.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)
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