Agricultura brasileira é "a mais desejada do mundo" como alternativa aos EUA, diz ministro Teixeira

Fonte: Xinhua    03.05.2025 15h35

O setor agrícola do Brasil, um dos maiores produtores de alimentos, se tornou "o mais desejado do mundo" devido à incerteza gerada pelo aumento das tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, nesta sexta-feira.

Após as tarifas impostas pelos Estados Unidos, "a agricultura brasileira se tornou a mais desejada do mundo", disse o ministro Teixeira a jornalistas na cerimônia de encerramento da Agrishow 2025, maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, realizada na cidade de Ribeirão Preto, no interior do estado de São Paulo (região Sudeste).

Para Teixeira, o Brasil tem potencial para abastecer nações afetadas que podem buscar fornecedores alternativos de alimentos que normalmente compram dos Estados Unidos.

O Brasil compete com os Estados Unidos em vários mercados de alimentos, incluindo soja, algodão e milho, bem como carnes processadas.

Segundo Teixeira, o Brasil não está envolvido em disputas comerciais e pode aproveitar a oportunidade para fornecer produtos para países afetados por sanções e tarifas impostas pelo governo do presidente americano Donald Trump.

"A agricultura brasileira é uma das maiores do mundo e fornece alimentos para o povo brasileiro, mas, cada vez mais, para o mundo", afirmou.

O ministro anunciou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está elaborando o Plano Safra 2025-2026 para o setor agrícola com o objetivo de evitar que juros altos impeçam o crescimento econômico do setor.

"O que temos que fazer é responder a esse crescimento da agricultura brasileira. Os planos anteriores, de 2023 e 2024, quebraram recordes, e esperamos que 2025 também faça o mesmo", disse o ministro, cuja pasta se concentra em agricultura familiar, pequenos produtores e reforma agrária.

Ele acrescentou que o governo está discutindo facilidades para o setor modernizar máquinas agrícolas após o Banco Central ter elevado a taxa básica de juros para 14,25% ao ano.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)
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