Wang Yi, membro do Birô Político do Comitê Central do PCCh e ministro das Relações Exteriores da China, encontrou-se na terça-feira (29) com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, no Rio de Janeiro, sudeste do Brasil.
As relações entre a China e o Brasil são fortes e os dois chefes de Estado estabeleceram uma sólida confiança mútua, de acordo com Wang Yi.
Em novembro do ano passado, o presidente Xi Jinping e o presidente Lula anunciaram conjuntamente que a comunidade sino-brasileira com um futuro compartilhado trabalharia em conjunto para construir um mundo mais justo e um planeta mais sustentável, abrindo um novo capítulo nas relações sino-brasileiras.
Os dois lados também chegaram a um consenso sobre o alinhamento da Iniciativa Cinturão e Rota com a estratégia de desenvolvimento do Brasil e elaboraram um novo modelo para a cooperação prática entre os dois países em vários campos.
A China está disposta a trabalhar com o Brasil para aprofundar a confiança mútua estratégica, a comunicação e a cooperação, e se esforçar para construir uma parceria estratégica abrangente China-Brasil que seja mais próxima, mais madura, mais resiliente, mais pragmática e mais eficiente.
Wang Yi parabenizou o Brasil por seu papel como presidente rotativo do BRICS e por sua promoção ativa da reforma e melhoria da governança global.
A China apoiará totalmente o trabalho da presidência brasileira, expandirá e fortalecerá a "Grande Cooperação do BRICS", dará uma voz mais forte ao BRICS e protegerá os direitos e interesses legítimos dos países do Sul global, enfatizou ele.
Como os maiores países em desenvolvimento nos hemisférios oriental e ocidental e membros importantes do BRICS, a China e o Brasil também devem aderir ao multilateralismo, resistir à intimidação unilateral, salvaguardar o livre comércio, opor-se ao protecionismo e não permitir que a lei da selva da sobrevivência do mais apto prevaleça.
Mauro Vieira observou que nos últimos 50 anos, desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre o Brasil e a China, as relações entre os dois países se desenvolveram em alto nível e a cooperação mutuamente benéfica alcançou continuamente novos resultados.
O presidente Xi Jinping fez uma visita histórica bem-sucedida ao Brasil no ano passado, levando as relações entre os dois países a um novo patamar. O Brasil está disposto a fortalecer intercâmbios de alto nível com a China e expandir a cooperação prática em vários campos, como economia, comércio, aeroespacial, ciência e tecnologia e assistência médica.
A atual conjuntura internacional é cada vez mais complexa, e o multilateralismo e o livre comércio têm sofrido severos choques. É necessário que o Brasil, a China e os países do BRICS fortaleçam a solidariedade e a cooperação e respondam conjuntamente aos desafios globais.
Os dois lados trocaram opiniões sobre a cooperação China-América Latina e expressaram sua disposição de promover a próxima quarta reunião ministerial do Fórum da China e da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) para alcançar resultados frutíferos e contribuir para a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado entre a China e a América Latina.