Na última sexta-feira, foi realizado em Macau o "Seminário Temático Financeiro entre a China e os Países de Língua Portuguesa", com o objetivo de promover a cooperação aprofundada entre a China e os países de língua portuguesa (PLPs) nas áreas de economia e comércio, finanças e cultura, entre outras.

A conferência também tinha como objetivo ajudar a construir Cinturão e Rota com alta qualidade e, ao mesmo tempo, aprofundar o desenvolvimento da Zona de Cooperação Aprofundada Guangdong-Macau em Hengqin e promover o intercâmbio de talentos entre Macau e os PLPs nessa plataforma.

Co-organizada pela Autoridade Monetária de Macau e pelo Fundo de Cooperação e Desenvolvimento China-Países de Língua Portuguesa (CPDFund), com o apoio do Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau), a reunião contou com a presença de mais de 80 participantes do Governo de Macau e do Secretariado do Fórum, de instituições financeiras e de representantes do setor empresarial.

Como uma das importantes iniciativas financeiras do Fórum, nos últimos 11 anos, o CPDFund tem se concentrado na promoção da cooperação econômica e comercial China-PLPs de uma forma orientada para o mercado. Seus projetos de investimento abrangeram Moçambique, Angola, Portugal, Angola, Brasil e outros países e regiões, envolvendo infraestrutura, geração de nova energia e redes de transmissão, agricultura, materiais de construção, finanças e outros campos.

No seminário, o representante do CPDFund manifestou que no futuro o fundo se concentrará na transformação verde, economia azul, infraestrutura, desenvolvimento agrícola e em outros projetos, além de apoiar o desenvolvimento de empresas nos PLPs.

A Companhia de Engenharia e de Construção da China (Macau) e sucursal de Macau do Banco da China apontaram que, com as oportunidades atuais da diversificação econômica de Macau e o desenvolvimento da zona Hengqin, as agências desempenharão um papel vantajoso nas políticas e nos recursos financeiros de Macau, inovarão ainda mais os produtos para os PLPs e ajudarão na cooperação e no intercâmbio econômico e comercial entre a China e os PLPs.

O Banco Nacional Ultramarino e a PowerChina em Angola compartilham a esperança de que acompanhará de perto as necessidades urgentes de desenvolvimento econômico dos PLPs e promoverá a implementação de projetos nesses países.

De acordo com os dados alfandegários da China, o valor total do comércio da China com os PLPs atingiu US$ 225,18 bilhões em 2024, um aumento anual de 1,95%. As exportações da China para os PLPs foram de US$ 85,48 bilhões, uma alta anual de 16,46%.

Até o final de 2023, o estoque de vários tipos de investimento da China nos PLPs foi de cerca de US$ 80 bilhões, e o volume de negócios dos projetos contratados atingiu US$ 140 bilhões.